sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ding don! Não, não deixe a rotina sufocar!

Boa noite! Desculpem-me, mas eu não seria uma pessoa feliz se não começasse esse post sem essa onomatopéia! Sem mais delongas, como tá a vibe ? 

Para a alegria de vocês, depois desse lindo feriado, eu vim quebrar a rotina de cair diretamente no ócio, e preparei uma surpresa. Sim! Tá na hora de mostrar mais uma banda de nome estranho!

A banda de hoje é aqui das terras cariocas, para a minha felicidade. Mais uma que mostra que nem tudo está perdido no cenário underground. O nome dessa galera ? A Campainha do Chico!


Agora vocês entenderam porque eu comecei o post com aquela onomatopéia. O quarteto formado por Fidel na bateria, Marcos no baixo, Dougie nos vocais e na guitarra e João Pedro também na guitarra e nos vocais de apoio, apareceu na minha vida ao acaso no Twitter. O nome A Campainha do Chico,  lembrava-me aquela brincadeira de apertar a campainha do vizinho e sair correndo e acabou me chamando atenção. Resolvi ouvir um cado do som e fiquei encantada. Esses meninos são muito filósofos. Saca só um pouco do som: 


Depois disso, resolvi que deveria compartilhar com vocês o som deles. Ou seja, resolvi bater um papo com eles, pra vocês ficarem mais ligados. Saquem só o que eu e Dougie conversamos a seguir:

- Primeiramente, preciso matar minha curiosidade. Donde surgiu a ideia do nome da banda ?
R: A gente precisava de um nome. Ensaiavamos em um estúdio que a campainha tocava a música "four elize" de bethoven. Enquanto esperavamos o portão abrir, ficava tocando aquela música engraçada e foi algo em comum entre todos nós...Até porque da formação da banda, só João e eu nos conheciamos tempos antes desse projeto Hahahaha, tu nao sabia não, sarah? Sim, o nome do dono do estúdio era chico.
- Você me disse que só você e o João se conheciam antes disso. Como conheceram os outros integrantes ? Pensavam em ter a banda só para se divertir ?
R: o João montou um projeto só por diversão com uma vocalista que não pôde continuar na brincadeira depois. Eu já tinha participado de outro projeto com o João, e ele era da minha escola, faziamos música na minha casa. Mas era aquela coisa né, sonhavamos em fazer sucesso mas a gente nem sabia direito o que fazer. Gravavamos no meu computador, e chegamos até a fazer algumas apresentações com violão em aniversários e em algumas casas de show. O João conheceu o Marcos, que era da mesma escola que o Fidel. Se conheceram de uma forma simples. Marcos chegou pro Fidel e perguntou "To precisando de um batera, quer entrar nessa?" E aí formou.
- Grande parte das bandas começam tocando covers. O que consideram mais difícil, a apresentação de trabalhos autorais ou covers ?
R: cover é legal, atrai público que curte aquela banda, e eles passam a gostar de você sem querer. Mas no fundo eles gostam mesmo é da banda que você tocou. Aí você tem que meio que balancear o que o seu público quer ouvir, tendo em mente como você os conquistou. Foi com um cover do Arctic Monkeys? Componha tendo isso em mente, mas claro, sem ser forçado. Você tem que criar algo com seu coração, e que convença a você de que ISSO que te dá tesão em tocar. Mas a responsabilidade maior é a de tocar um cover, sem dúvida, mas isso depende, porque quando se tem alguém que não entende NADA de música no público, dá no mesmo, mas quando o cara saca das paradas, ele vai observar todos os detalhes do cover. Sei lá, sarah.. a música autoral, depois que você lança um cd, cria uma expectativa muito grande e as pessoas vão ao seu show querendo saber "como é aquilo ao vivo?" e você tem que mostrar que é tão foda quanto em gravação, é uma resposta que tem dois lados... tá captando? A banda toda prefere um milhão de vezes tocar as músicas autorais! É muito bom ver a galera pulando e cantando o refrão que você fez.
- O que a galera pode esperar de um show da Campainha ? Quais as maiores influências de vocês ?
R: as pessoas podem esperar diversão, sentimento, performance. Tudo no nosso show é pensado do início ao fim. Não somos perfeitos, mas com qualquer imprevisto que ocorra também, acho que o ideal é brincar com ele, que assim a galera se sente mais parte do seu show. A gente se movimenta muito no palco, nos divertimos e somos espontâneos. E o engraçado é que cada um na banda tem uma influência diferente, mas no final é isso que dá o tempero "Campainha do Chico", pois se unifica em uma coisa única e doida!
- A gente sabe que tem muito local por aí que se aproveitam das bandas e acabam fazendo com que esta pague pra tocar. O que pensam a respeito disso ?
R: Imagina o cara que vende água de coco...Ele tem o carrinho dele e fica na esquina da rua da praia vendendo. As pessoas compram com ele, ele ganha a vida com isso, é seu trabalho. Mas TODO ANO ele tem que pagar um maldito imposto por possuir aquele bendito espaço que lhe foi cedido, que é público. Esse ano foi pra 350 reais, que precisam ser pagos anualmente, sendo que todo ano AUMENTA! Ou seja, o cara está pagando do lucro dele, e ao invés de ficar mais rico, não, ele paga as contas, mas tem que direcionar uma parte que era pra ELE gastar para o governo. Subistitui o governo pelo dono da casa de show, e o vendedor de água de coco pelo músico... porra, isso é ridículo! Mas é um mal necessário para se divulgar principalmente no começo. É o sistema.
- Sabemos que o mercado de música independente no Rio de Janeiro é difícil, já que a massa que o consome é pouca. Isso desanima um pouco?
R: Pelo contrário, isso empolga a gente de conquistarmos cada vez mais, e conquistar espaços em todo tipo de mídia. O que desanima em si é só precisar de dinheiro pra conseguir a maioria das paradas. Mas depois que você vê que já conseguiu coisas que nunca imaginou conseguir sozinho, você para e pensa "Po, vou correr atrás mais ainda!" Paciência.
- Recentemente vocês estavam fazendo uma campanha para a votação na categoria “Experimente” do Prêmio Multishow e a galera que curte o som de vocês apoiou bastante. Como foi ver essa movimentação ?
R: Fodaaaaaaa! Ver todo o pessoal se animando junto da gente é uma das coisas mais lindas de ter banda. O apoio dos que acreditam causam diversos efeitos na nossa vida, sempre positivos.
 - A letra de “Dane-se O Chefe” é super bacana. Ela surgiu num daqueles dias em que se quer mandar tudo pelos ares ?
R: Hahahahhah, Dane-se o chefe parece ser jogada aos ares, mas na verdade fala sobre muita coisas internas. Você não precisa estar em um lugar que não queira. O chefe é apenas uma representação de alguma espécie de força maior que você, que faz você ceder aos domínios. Entende? Mas ao mesmo tempo, escrevi essa letra com o João, me baseando do início ao fim em internas sobre a nossa amizade, usando algumas metáforas. Desde o momento em que tocavamos violão só por tocar, até ao momento atual no qual temos consciência de que não devemos desistir NUNCA dos nossos objetivos, mesmo desanimando as vezes, como todo humano normal...
- A internet ajuda em toda essa divulgação ? Acham que ela é uma mão na roda para todas as bandas independentes que estão aí ?
R: A internet é FODA! Nela você posta e as pessoas curtem, compartilham. Pode parecer meio inocente, mas isso repercute demais. Visibilidade vem da publicidade, e a publicidade independente tem que ser muito bem pensada, porque ninguém te segura se você souber como fazer! Não adianta também esperar a cagada de jogar uma música na internet e dizer "Galera, escuta aí." Po cara, você tem que estudar o público e o que dá certo, sabe? A roda pode até andar assim, mas se você souber como dirigir, a direção gera mais retornos pro seu trabalho, não?
- Pra encerrar, o que a Campainha pretende fazer ao longo do ano ? Quais os próximos projetos de vocês ?
R: Muitas propostas de shows surgindo, em diversos lugares. Nosso clipe sai daqui a pouco, e isso vai ser um estouro, esperamos!

Mas é basicamente isso: Shows, Clipe, e outras mídias. Depois é imprevisível demais, mas as coisas tendem a crescer, e vamos ver no que vai dar.

E pra você que curtiu o papo e o som dos meninos e quer saber mais, pode ir até o Facebook, Twitter, Soundcloud e ser feliz. Pode também, ouvir todo o cd deles no Youtube, clicando aqui. Mais mole que isso, só sentando no pudim!

E pra vocês não dizerem que eu sou ruim, vou deixar vocês ouvindo mais um pouco de Campainha do Chico:


E só pra aumentar a curiosidade alheia, logo logo, os meninos estão vindo com coisas novas por aí! Mas isso é claro, é papo pra outro post!

Até mais, minha gente.

Sarah Azevedo

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