sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ding don! Não, não deixe a rotina sufocar!

Boa noite! Desculpem-me, mas eu não seria uma pessoa feliz se não começasse esse post sem essa onomatopéia! Sem mais delongas, como tá a vibe ? 

Para a alegria de vocês, depois desse lindo feriado, eu vim quebrar a rotina de cair diretamente no ócio, e preparei uma surpresa. Sim! Tá na hora de mostrar mais uma banda de nome estranho!

A banda de hoje é aqui das terras cariocas, para a minha felicidade. Mais uma que mostra que nem tudo está perdido no cenário underground. O nome dessa galera ? A Campainha do Chico!


Agora vocês entenderam porque eu comecei o post com aquela onomatopéia. O quarteto formado por Fidel na bateria, Marcos no baixo, Dougie nos vocais e na guitarra e João Pedro também na guitarra e nos vocais de apoio, apareceu na minha vida ao acaso no Twitter. O nome A Campainha do Chico,  lembrava-me aquela brincadeira de apertar a campainha do vizinho e sair correndo e acabou me chamando atenção. Resolvi ouvir um cado do som e fiquei encantada. Esses meninos são muito filósofos. Saca só um pouco do som: 


Depois disso, resolvi que deveria compartilhar com vocês o som deles. Ou seja, resolvi bater um papo com eles, pra vocês ficarem mais ligados. Saquem só o que eu e Dougie conversamos a seguir:

- Primeiramente, preciso matar minha curiosidade. Donde surgiu a ideia do nome da banda ?
R: A gente precisava de um nome. Ensaiavamos em um estúdio que a campainha tocava a música "four elize" de bethoven. Enquanto esperavamos o portão abrir, ficava tocando aquela música engraçada e foi algo em comum entre todos nós...Até porque da formação da banda, só João e eu nos conheciamos tempos antes desse projeto Hahahaha, tu nao sabia não, sarah? Sim, o nome do dono do estúdio era chico.
- Você me disse que só você e o João se conheciam antes disso. Como conheceram os outros integrantes ? Pensavam em ter a banda só para se divertir ?
R: o João montou um projeto só por diversão com uma vocalista que não pôde continuar na brincadeira depois. Eu já tinha participado de outro projeto com o João, e ele era da minha escola, faziamos música na minha casa. Mas era aquela coisa né, sonhavamos em fazer sucesso mas a gente nem sabia direito o que fazer. Gravavamos no meu computador, e chegamos até a fazer algumas apresentações com violão em aniversários e em algumas casas de show. O João conheceu o Marcos, que era da mesma escola que o Fidel. Se conheceram de uma forma simples. Marcos chegou pro Fidel e perguntou "To precisando de um batera, quer entrar nessa?" E aí formou.
- Grande parte das bandas começam tocando covers. O que consideram mais difícil, a apresentação de trabalhos autorais ou covers ?
R: cover é legal, atrai público que curte aquela banda, e eles passam a gostar de você sem querer. Mas no fundo eles gostam mesmo é da banda que você tocou. Aí você tem que meio que balancear o que o seu público quer ouvir, tendo em mente como você os conquistou. Foi com um cover do Arctic Monkeys? Componha tendo isso em mente, mas claro, sem ser forçado. Você tem que criar algo com seu coração, e que convença a você de que ISSO que te dá tesão em tocar. Mas a responsabilidade maior é a de tocar um cover, sem dúvida, mas isso depende, porque quando se tem alguém que não entende NADA de música no público, dá no mesmo, mas quando o cara saca das paradas, ele vai observar todos os detalhes do cover. Sei lá, sarah.. a música autoral, depois que você lança um cd, cria uma expectativa muito grande e as pessoas vão ao seu show querendo saber "como é aquilo ao vivo?" e você tem que mostrar que é tão foda quanto em gravação, é uma resposta que tem dois lados... tá captando? A banda toda prefere um milhão de vezes tocar as músicas autorais! É muito bom ver a galera pulando e cantando o refrão que você fez.
- O que a galera pode esperar de um show da Campainha ? Quais as maiores influências de vocês ?
R: as pessoas podem esperar diversão, sentimento, performance. Tudo no nosso show é pensado do início ao fim. Não somos perfeitos, mas com qualquer imprevisto que ocorra também, acho que o ideal é brincar com ele, que assim a galera se sente mais parte do seu show. A gente se movimenta muito no palco, nos divertimos e somos espontâneos. E o engraçado é que cada um na banda tem uma influência diferente, mas no final é isso que dá o tempero "Campainha do Chico", pois se unifica em uma coisa única e doida!
- A gente sabe que tem muito local por aí que se aproveitam das bandas e acabam fazendo com que esta pague pra tocar. O que pensam a respeito disso ?
R: Imagina o cara que vende água de coco...Ele tem o carrinho dele e fica na esquina da rua da praia vendendo. As pessoas compram com ele, ele ganha a vida com isso, é seu trabalho. Mas TODO ANO ele tem que pagar um maldito imposto por possuir aquele bendito espaço que lhe foi cedido, que é público. Esse ano foi pra 350 reais, que precisam ser pagos anualmente, sendo que todo ano AUMENTA! Ou seja, o cara está pagando do lucro dele, e ao invés de ficar mais rico, não, ele paga as contas, mas tem que direcionar uma parte que era pra ELE gastar para o governo. Subistitui o governo pelo dono da casa de show, e o vendedor de água de coco pelo músico... porra, isso é ridículo! Mas é um mal necessário para se divulgar principalmente no começo. É o sistema.
- Sabemos que o mercado de música independente no Rio de Janeiro é difícil, já que a massa que o consome é pouca. Isso desanima um pouco?
R: Pelo contrário, isso empolga a gente de conquistarmos cada vez mais, e conquistar espaços em todo tipo de mídia. O que desanima em si é só precisar de dinheiro pra conseguir a maioria das paradas. Mas depois que você vê que já conseguiu coisas que nunca imaginou conseguir sozinho, você para e pensa "Po, vou correr atrás mais ainda!" Paciência.
- Recentemente vocês estavam fazendo uma campanha para a votação na categoria “Experimente” do Prêmio Multishow e a galera que curte o som de vocês apoiou bastante. Como foi ver essa movimentação ?
R: Fodaaaaaaa! Ver todo o pessoal se animando junto da gente é uma das coisas mais lindas de ter banda. O apoio dos que acreditam causam diversos efeitos na nossa vida, sempre positivos.
 - A letra de “Dane-se O Chefe” é super bacana. Ela surgiu num daqueles dias em que se quer mandar tudo pelos ares ?
R: Hahahahhah, Dane-se o chefe parece ser jogada aos ares, mas na verdade fala sobre muita coisas internas. Você não precisa estar em um lugar que não queira. O chefe é apenas uma representação de alguma espécie de força maior que você, que faz você ceder aos domínios. Entende? Mas ao mesmo tempo, escrevi essa letra com o João, me baseando do início ao fim em internas sobre a nossa amizade, usando algumas metáforas. Desde o momento em que tocavamos violão só por tocar, até ao momento atual no qual temos consciência de que não devemos desistir NUNCA dos nossos objetivos, mesmo desanimando as vezes, como todo humano normal...
- A internet ajuda em toda essa divulgação ? Acham que ela é uma mão na roda para todas as bandas independentes que estão aí ?
R: A internet é FODA! Nela você posta e as pessoas curtem, compartilham. Pode parecer meio inocente, mas isso repercute demais. Visibilidade vem da publicidade, e a publicidade independente tem que ser muito bem pensada, porque ninguém te segura se você souber como fazer! Não adianta também esperar a cagada de jogar uma música na internet e dizer "Galera, escuta aí." Po cara, você tem que estudar o público e o que dá certo, sabe? A roda pode até andar assim, mas se você souber como dirigir, a direção gera mais retornos pro seu trabalho, não?
- Pra encerrar, o que a Campainha pretende fazer ao longo do ano ? Quais os próximos projetos de vocês ?
R: Muitas propostas de shows surgindo, em diversos lugares. Nosso clipe sai daqui a pouco, e isso vai ser um estouro, esperamos!

Mas é basicamente isso: Shows, Clipe, e outras mídias. Depois é imprevisível demais, mas as coisas tendem a crescer, e vamos ver no que vai dar.

E pra você que curtiu o papo e o som dos meninos e quer saber mais, pode ir até o Facebook, Twitter, Soundcloud e ser feliz. Pode também, ouvir todo o cd deles no Youtube, clicando aqui. Mais mole que isso, só sentando no pudim!

E pra vocês não dizerem que eu sou ruim, vou deixar vocês ouvindo mais um pouco de Campainha do Chico:


E só pra aumentar a curiosidade alheia, logo logo, os meninos estão vindo com coisas novas por aí! Mas isso é claro, é papo pra outro post!

Até mais, minha gente.

Sarah Azevedo

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Um Clichê dos 90.

Eu sou um e vocês ?

Mas não tem problema, porque apesar disso continuamos curtindo o que aparece de coisa nova por aí. Cheguei pra trazer pra vocês o remédio contra o tédio! Sim, senhoras e senhores! Banda de nome estranho na área!

A banda de hoje é lá de São Paulo, e possui um dos nomes mais legais que já vi: 5 pras Tantas! Os conheci de uma forma muito legal, que foi no Facebook, naquela parte de coisas que você talvez possa curtir. Uma das poucas bandas que conheço assim e que o amor foi a primeira vista. Ou melhor, a primeira música ouvida.

 Na estrada há um bom tempo e com um cd lançado (Outra Frequência), a banda é formada por Caio (vocais), Ciro (batera), Thiago (guitarras), Paulo (baixo) e Gabriel (teclado) e me conquistaram com essa música, intitulada de Clichê dos 90:


Depois disso, é claro que fui dar um jeito de saber um pouquinho mais sobre a banda, pra poder compartilhar com vocês. Saca só o papo que batemos:

- Vocês são uma banda com um tempo longo na bagagem. Como tudo começou ?
R: Bom, a idéia inicial de montar a banda foi do Thiago e do Paulinho. Eles já tocavam juntos desde moleques, e tinham alguns amigos que tocavam também. Acabaram todos se juntando para se divertir e surgiu a primeira formação, mas a banda ainda não tinha nome. Era composta pelo Thiago (guitarra), Paulo (Baixo), e tinha ainda o Leonardo em outra guitarra, o Luciano na bateria. Colocaram um anúncio num site chamado "Tõ sem Banda" para procurar um vocalista, e o Caio acabou vendo o anúncio, foi fazer um teste e foi aceito. Algum tempo depois, o baterista Luciano acabou saindo. O Caio acabou chamanco o Ciro para assumir as baquetas, pois já haviam tocado juntos e assim se completou a primeira formação da 5PrasTantas. Posteriormente, o Leonardo acabou saindo, pois tinha mais inteção de tocar covers e a banda estava caminha do para o som autoral. Acabamos ficando com 4 membros e esta foi a formação até a entrada do tecladista Gabriel, há cerca de 6 meses...

E o nome 5prastantas, donde surgiu ? De quem foi a ideia ?
R: Olha, sempre nos perguntam qual a origem deste nome, e na verdade nós nunca sabemos ao certo como foi. Este nome acabou surgindo em uma das inúmeras conversas e risadas quando a banda estava começando. Acabou que alguém falou este nome por acaso e acabamos dizendo "deixa este por enquanto e depois pensamos em algum outro". E este acabou ficando! O legal é que este nome sempre causa alguma impressão quando a pessoa ouve pela primeira vez, então ele é sempre lembrado.

- Vocês estão ligados no que ocorre no cenário independente ? Costumam ouvir outras bandas que estão surgindo ?
R: Sempre estamos ouvindo novos sons, principalmente no cenário do rock nacional. Entre as novas bandas que estão aparecendo, podemos citar Mafalda Morfina, Mercurio Cromo, Jamirulus, Apanhador Só, Jenny Sex, Aurora Mon Amour, Publica, e tantas outras que estão fazendo reviver o rock nacional no cenário underground. O que temos visto é que o cenário rock tem se fortalecido bastante nos últimos tempos. Existe uma espécie de "atmosfera rock" nas casas noturnas, coisa que não se via há alguns anos. Isto é excelente para o rock nacional, pois as bandas que estão surgindo têm se preocupado muito com a qualidade do que estão criando, e notamos que estão preocupados em fugir da superficialidade e do modismo. Isso sim é rock!

- Quais as maiores influências da banda ?
R: Temos muitas influências individualmente. No cenário nacional, podemos citar Barão, Raul, Cazuza, RPM, Paralamas, e outras que contribuiram na revolução do rock nos anos 80 e 90. No cenário internacional, temos influências variadas, desde Eric Clapton, Steve Ray Vaughn e Beatles até Iron Maiden e Rush. Temos muitas influências, e acabamos colocando um pouco de tudo nas nossas músicas. É isto que acaba criando a nossa mistura e a nossa harmonia. E é também o que contribui para a nossa diferenciação como banda.

- Atualmente, vemos na internet um turbilhão de bandas surgindo e ao mesmo tempo, um turbilhão de gente gritando que não existe mais rock no Brasil. Acham que isso acontece por um certo comodismo dessa galera, em não ir procurar ?
R: Não necessariamente. Tem muita gente boa por aí que está batalhando, mas não temos como negar que a grande "massa" não tem tanto interesse em parar pra ouvir o que tem de bom por aí. A maioria das pessoas nem se importa com o que está ouvindo, e isto é algo que passa por questões culturais que e sociais que não podem ser desconsideradas. Porém isto é algo de certa forma benéfico para o rock, pois a Internet possibilita que mais coisas boas sejam reconhecidas.

- Donde surge a inspiração pra compor ?
R: As letras sâo sempre inspiradas em situações pessoais e observações do dia-a-dia de pessoas próximas. É uma mistura de experiência própria com situações coletivas.

- Vocês recentemente tocaram na 89, a Rádio Rock. Como foi essa sensação ? Pra vocês, qual a importância de ter uma rádio como a 89, que abre espaço para as bandas independentes ?
R: Foi uma grata surpresa! Sempre ouvimos o programa, mas calhou de exatamente neste dia não estarmos ouvindo. De repente uma fá da banda mandou uma mensagem pra gente e fomos correndo pra tentar ouvir, mas já tinha acabado. Depois ouvimos na internet. Mas foi super legal! Teve uma repercussão muito boa, e várias pessoas acabaram conhecendo a banda ao ouvir na 89 e passaram a nos seguir. Certamente esta é uma iniciativa louvável da 89! É muito importante para todas as bandas novas saberem que um grande veículo está trazendo este apoio, e ainda mais uma rádio com uma bagagem tão Rock n' Roll como a 89.

- Sabemos que os gastos com a uma banda são altos. E vocês pretendem gravar o videoclipe da música Clichê dos 90, pelo projeto Cartase. Contem pra gente, como funciona ?
R: O Catarse é uma plataforma muito legal, que provê toda a infraestrutura necessária pra apoiar este tipo de projeto. É uma espécie de "vaquinha virtual", onde as pessoas podem colaborar com o projeto com qualquer valor a partir de R$ 10,00. Fizemos um orçamento com todos os custos para a produção do clipe, detalhando toda a equipe, materiais e locações necessárias. E as pessoas que contribuirem para o projeto, ainda levam prêmios especiais! Elaboramos um passo-a-passo para tirar qualquer dúvida. Ele pode ser acessado neste link.

- Como surgiu a ideia da música “Feita de Sons”, o primeiro clipe da banda ?
R: A música já existia nos primórdios da banda e foi uma das primeiras composições que fizemos. O clipe foi feito de forma totalmente independente, com roteiro, produção e direção feitos inteiramente pela banda.

- Qual lugar vocês tem maior vontade de tocar ?
R: Temos muita vontade de nos apresentar nos SESCs, e também no Centro Cultural São Paulo. Mas também temos vontade de ir para o interior de São Paulo e para os outros estados. Muitos fãs vêm nos perguntar quando teremos algum show onde eles estão, e isto bem do Brasil inteiro. Mas a verdade é que é muito custoso para a banda bancar os custos. Por isto, sempre que rola algum festival ou evento que tenha alguma ajuda de custo em outras cidades, fazemos de tudo para poder estar lá, e isto tem sido muito legal! Em todo lugar que vamos, tem sempre alguém que curte a banda e temos sentido uma receptividade muito forte!

- Qual a maior mancada que já cometeram em palco?
R: Talvez uma grande mancada tenha sido quando participamos de um festival chamado Fun Music, em Marília. Logo no começo de uma música, uma corda da guitarra do Thiago estourou, e na correria do festival, esquecemos de deixar a guitarra de backup próxima. Na verdade, esta foi uma grande mancada com o público, pois o Thiago teve que improvisar muito e o resultado acabou não sendo o que gostaríamos de ter entregue às pessoas. Uma outra mancada que demos foi quando "esquecemos" de dar um gradecimento especial à Gi Souto, que participou na criação e desenvolvimento do projeto "Quanto Vale um Rock Paulista?". No show de inauguração do projeto, também por causa da pressa, esquecemos de fazer a boa e velha "cola". Nos retratamos depois em outro show, mas sabemos que não é a mesma coisa. Então fica aqui novamente: Valeu Gi!!!!

- Para encerrar, quais os futuros planos da 5PrasTantas ?
R: Estamos focados nos trabalhos do clipe de Clichê dos 90. E a partir daí, queremos mostrar o clipe para todos e seguir em frente fazendo nosso som. Planejamos a gravação de um segundo disto, talvez no segundo semestre deste ano, talvez no ano que vem. Mas qualquer que seja o futuro, só queremos que seja regado a muito Rock n' Roll!

E foi isso! Super obrigada aos meninos pela atenção! Lembrando, que se você quiser conhecer mais sobre a banda, eles são super acessíveis. Estão no Facebook, Twitter, Bandcamp, Soundcloud e claro, você pode ir até o site deles, clicando aqui. E caso você queira participar do Projeto Catarse, para ajudar no clipe da música Clichê dos 90, é só chegar aqui.

Enquanto isso, vou deixar vocês com mais um pouco do trabalho da 5 pras Tantas:



Enfim, despeço-me por aqui! Boa vibe pra vocês e curtam o fim de semana com muita música boa! Lembrando, que se você conhecer alguma banda de nome estranho e que seja legal, fala comigo! 

Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.





quinta-feira, 16 de maio de 2013

Mil tretas, mano! #02 - SAPDL, Maglore e Apanhador Só lançam singles.

E aí, crianças!

Mais uma edição do "Mil Tretas, mano" trazendo os lançamentos mais legais da semana, das bandas de nomes estranhos pra vocês!

Bom, não iremos seguir a ordem do título, mas sim a cronológica. Pra que tanta ordem na vida, não é mesmo ?

Enfim, essa semana nós já começamos muito bem! Na segunda feira, dia 13 de maio, a banda cearense Selvagens à Procura de Lei lançou o single "Brasileiro", que estará presente no seu próximo album homônimo, que tem data de lançamento prevista para o dia 04 de junho. O single vem marcando uma nova fase da banda. Com uma letra cheia de crítica social e uma melodia gostosa, que fazem dessa música, algo viciante. Você pode conferir o single clicando na imagem abaixo:

 


E na terça feira, dia 14, foi a vez dos gaúchos da Apanhador Só jogarem na rede seu mais novo single. A banda, que também está preparando o lançamento do novo cd para a próxima terça (21) , presenteou os fãs com a música "Despirocar". Velho, que música boa! Clique abaixo e confira:



E hoje, quinta feira, dia 16, a galera da banda Maglore resolveu deixar seus fãs mais felizes e liberaram o novo single da banda, "Demais, Baby!" que está dentro do seu próximo CD, intitulado de "Vamos sair pra rua", que tem lançamento previsto para até o fim do mês. "Demais, Baby!" traz uma melodia tão gostosa de ouvir, que a vontade que dá, é ficar repetindo-a o dia inteiro. Saca só:

CAPA-DEMAIS BABY! (single)

E por essa semana, foi só! Maio é um mês que realmente tá bombando de coisa boa. Sempre que rolar algo, é claro que eu aviso a vocês! Coisas boas precisam ser compartilhadas.

Deixo vocês com todas essas novidades. Curtam muito e aproveitem!

Até mais, minha gente!

Sarah Azevedo.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Ainda é Cedo.

É engraçado como coisas relacionadas as bandas de rock de Brasília da década de 80 mexem comigo. É uma ligação forte, quase como se eu tivesse realmente vivido todos aqueles momentos históricos para a música brasileira.

Quando ouvimos falar em Renato Russo, logo temos como sinônimo o grande líder da banda Legião Urbana. As vezes acabamos por nos perguntar quem foi este homem por trás das danças esquisitas em cima do palco e saímos a pesquisar e tudo o que conseguimos achar se torna como se fosse um tesouro, um segredo que era compartilhado apenas entre ele e você, e você sente-se especial com isso. A ponto de não se lembrar que existem tantos outros espalhados por aí, que são como você.

Hoje foi dia da estréia de Somos Tão Jovens, filme que contava a história de Renato e por conseguinte, a história das bandas de Brasilia como Capital, Legião e Plebe, que beberam muito da fonte de Renato, que começou com o Aborto Elétrico.

A galera que me conhece, sabe o quanto eu tenho um fascínio por essas bandas. Principalmente pelo Capital Inicial, e ouso dizer que até um pouco mais pelo Aborto. Não consigo entender muito isso, entretanto, compreendo que deve ser pelo fato deles meio que serem o pilar, a sementinha que gerou tudo isso que forma meio que meu mundo atualmente.

Fui ao cinema com Mayara, amiga de anos. Era engraçado como que, em todas as partes do filme, eu tinha um comentário a fazer, sempre tentando lembrar dos fatos pesquisados e lembranças que não eram minhas, mas que eu adquiri ao querer me informar mais sobre aqueles caras que faziam meu coração estremecer desde pequenina.

O fato é que eu me arrepiei do começo ao fim. Emocionei-me. Não do tipo que sai se debulhando em lágrimas do cinema, mas sim com uma sensação de mais fatos pra lembrar. E com alguns conflitos interiores. Comecei a sentir uma certa nostalgia. Nostalgia de um tempo que eu nem sequer sonhava em nascer. Ver ali na tela, caras que hoje em dia eu tenho a sorte de conhecer, como a galera do Capital, é meio estranho. É parar pra pensar que eu conheço histórias vivas de um dos momentos mais importantes pro cenário do rock brasileiro. É uma coisa muito banana. Achar lindo ver como e porque Soldados foi escrita e mais ainda; porque Ainda é Cedo foi escrita. Uma das minhas músicas favoritas da Legião e a primeira e única que aprendi a tocar no violão. São umas coisas muito engraçadas, se for parar pra pensar.

De uma coisa, Renato estava certo. Eles viraram uma legião. E no caso, ainda são. Uma legião que se dissipou entre fãs de Capital, fãs da Plebe e fãs da própria Legião. Formaram uma legião por um ideal. Viver daquilo que gostavam e simplesmente serem felizes, sem é claro não fugir da realidade que o país se encontrava na época.

Saí do cinema com a ideia de que os caras que eu tanto admiro merecem mais do que nunca essa admiração. Não só por serem pessoas fodas. Mas sim por me ensinarem a não cair no conformismo.

Por isso eu digo, ainda é cedo pra parar de sonhar. Esse filme sem dúvidas foi um tapa na minha cara, de que aquela coisa de que "se fosse fácil, não seria tão bacana" é a maior realidade desse mundo. Ouso dizer, que era cedo demais pro Petrus ter que deixar o Aborto. Digo, que era cedo demais pro Renato ter ido embora desse mundo. Tudo acontece cedo demais. Mas acontece que foram essas coisas que fizeram tudo ser como é hoje. Renato talvez estivesse certo sobre aquele papo de destino. E a gente que não pôde viver essa história, aproveita-se apenas de fotos, lembranças, filmes e esses tipos de coisa, pra deixar-nos o mais próximo da era de ouro do rock brasileiro, afinal temos todo o tempo do mundo.

Esse filme deixou um reboliço dentro de mim. Uma coisa que eu ainda não entendi. E a única coisa que eu não concordei com o Renato, foi ele ter dito que o Flávio tinha uma aura bonita. Nisso ele se enganou, viu ?

Poderiam ter fechado o filme como os clichês de sempre. Porém, optaram por uma forma tão mais simples e que acho que pegou e pegará a todos de surpresa. Acho que é esse desfecho, que deixou-me meio desconcertada. Mas faz parte, né ?

Despeço-me por aqui! Vocês que assistiram ao filme, deixem seu comentário por aí. Vamos compartilhar nossos sentimentos de legionários que nunca assistimos a um show da Legião. E vocês que assistiram também. E você que ainda não pôde assistir a Somos Tão Jovens, feche essa página agora e corra para o cinema mais próximo de você! Será perdoado só se fizer isso.

Sem mais delongas, Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.

PS: Querida May, obrigada por estar lá ao meu lado, olhando pra minha cara e compartilhando do mesmo sentimento que eu quando os créditos do filme subiram.