terça-feira, 30 de julho de 2013

Zéamais e sua caixinha de surpresas.

Fala ae, negads! Feriadão de JMJ passou, altas tretas também. Mas isso é papo pra alguma filosofia de botequim que deve vir daqui há alguns dias. Ou não. Tudo depende da minha preguiça.

Terça feira, começo de semana, estresse, trabalho... Nada melhor do que boa música pra poder quebrar um pouco disso né ? Por isso, podem agradecer! Aí vem mais uma banda de nome estranho.

Com esse lance todo de conhecer bandas, algumas eu conheço e acabo sem querer deixando em stand by. Ou simplesmente, por conhecer há séculos, acho que as pessoas ao meu redor também conhecem e acabo não fazendo entrevista ou algo do tipo. Com a galera de hoje foi mais ou menos isso.

A banda da semana é do interior paulista e chama-se Zéamais. Foi uma das primeiras bandas independentes que conheci e quem me apresentou o trabalho da galera foi a querida Pê. Isso lá pelos meios de 2011 e bolinhas. Já passou da hora de eu mostrar o trabalho dos caras pra vocês né ?

Formada atualmente por Kauan Puga (vocal), Rafael Cirino (baixo), Fabio Fonzare (batera), Neto Sagula (guitarra) e Vitor Marini (guitarra), desde sempre me chamaram atenção pelas linhas de baixo marcantes e pelas composições com letras que fugiam da mesmice da época. Com um compacto gravado ( Travesseiro), os meninos já abriram show pra bandas como Titãs e tocaram em importantes festivais na cidade. Saquem um pouco do som:



Pra vocês ficarem mais íntimos, eu bati um papo com o querido Vitor, um dos guitarristas da banda e irei dividir com vocês. Chega aí:

- Como surgiu a ideia do nome "Zéamais" ?
R: Foi nosso vocalista, o Kauan quem trouxe a ideia e trabalhamos em cima. ZéAmais é derivado de Zea mays, o nome científico do milho. O milho foi escolhido por representar prosperidade em muitas culturas. Alteramos colocando a contração do nome próprio José (Zé) para que ficasse mais a cara do nosso país e denotando que somos cara comuns (Zés), mas queremos fazer algo de diferente (Amais). Ninguém estava sob efeito de drogas pra bolar toda essa explicação. 

-Vocês já tem um certo tempinho de estrada e algumas formações anteriores. É difícil conseguir manter a quimica entre todos os integrantes da banda ? Quais os prós e contras de se ter uma banda ?
R: Eu costumo dizer que manter uma banda é como manter 4 ou 5 namoros ao mesmo tempo. Quando as coisas caminham bem tá tudo muito lindo e as pessoas se dando bem, mas quando começam as tretas é complicado. O mais importante é saber que a nossa união é fundamental para caminharmos. Todos tem um sonho em comum, que é viver pela banda, então quando tudo fica complicado é só dar uma afastada e repensar se vale mesmo a pena brigar seja por qual motivo for.

- Quais as maiores mudanças que vocês podem apontar desde quando começaram até os dias atuais no mercado musical underground ?
R: As maiores mudanças que enxergo no mercado é que gradativamente as bandas tem mais acesso a possibilidade de ter um material gravado com qualidade, além dos meios de distribuição que ficam cada vez mais democratizados e menos concentrados. A internet é o aliado fundamental e hoje em dia é fundamental ter sempre novidades para lançar aos poucos. Não parece mais tão viável lançar um CD inteiro de 12 ou 13 músicas de uma vez se você não tiver no "mainstream". É melhor ir lançando poucas músicas ao longo de um maior espaço de tempo pra estar sempre na cabeça das pessoas.

- Como vocês devem saber, existe uma galera por aí que se aproveita das bandas independentes, e acaba cobrando da banda para que esta possa tocar. Já passaram por essa situação ? Como lidar com isso ?
R: Já recebemos convites para fazer rolês desse gênero. Não aceitamos. Penso que as bandas não devem aceitar serem exploradas. Custa muito caro ter uma banda de verdade e eu não falo só de dinheiro. Falo de esforço intelectual e braçal, de paciência, de tempo de vida. É um trabalho e deve ser remunerado como qualquer outro.

-Recentemente vocês conseguiram chegar até a 2ª fase para tocar no Festival João Rock, com o apoio da galera que curte o som de vocês.  Como vocês veem todo esse apoio ? Acham que falta isso hoje em dia para as bandas independentes e underground ?
R: Ficamos na quinta colocação da votação que tinha mais de 500 bandas no páreo. Ficamos muito felizes mesmo e serviu como estímulo para continuarmos na luta. As pessoas abraçaram nossa causa e descobrimos grandes aliados além dos que já conhecíamos. Apoio é tudo que as bandas independentes precisam. É engraçado como as pessoas pagam 200 reais ou mais para ver uma banda internacional e ficam indignadas de pagar 15 ou 20 reais para ir assistir ao show de uma banda local. Essa cultura precisa mudar! O Brasil tá lotado de bandas querendo aparecer e só precisam de um empurrãozinho.

- Quais as maiores influências da banda ? O que curtem ouvir nas horas vagas ?
R: A banda tem um mix de influências diversificado entre os integrantes. Vou falar um pouco das bandas que foram citadas por todos. Eu, o Kauan e o Neto temos em comum o hábito de procurar coisa novas e desconhecidas, ele foca principalmente em bandas nacionais desconhecidas. O Neto também deixa bem explícito que sua maior influência é o Slash. O Fabinho já é mais do Rock e Metal progressivo. Eu e ele gostamos muito de Dream Theater, Muse, Floyd, Beatles e Rush, os ídolos do cara são Neil Peart, Portnoy e Dave Grohl principalmente. O Cotô já curte ouvir Red Hot, System e Charlie Brown (essa é uma das que foi unanimidade entre todos). Eu pessoalmente tenho como ídolos John Petrucci e Matt Bellamy. Agora, falando como banda em si, procuramos nos espelhar em bandas que fizeram história no rock nacional como Ultraje a Rigor, Titãs, Raimundos entre outras.

-Há algum tempo atrás vocês tiveram a oportunidade de abrir um show para os Titãs. Como foi a sensação de estar no palco com a melhor banda de todos os tempos da ultima semana ?
R: Foi um grande momento para nós com certeza. Todos nós ouvimos e conhecemos Titãs desde criancinhas e de repente estamos abrindo o show dos caras, é algo impagável. Foi ótimo, fizemos um bom show, mostramos nossa cara e nosso som próprio pra quem ainda não conhecia a banda na nossa região.

- Existe mais algum cantor ou banda que vocês tem vontade de fazer alguma parceria ?
R:Temos amigos em outras bandas independentes aqui pela região. Para citar uma, em breve pretendemos fazer dois shows conjunto com os caras da Marte em Chamas, de Ibitinga. Fora isso, não temos nada em mente.

- E o qual é o futuro da Zéamais ? O que pretendem fazer por aí ?
R: O futuro da ZéAmais é promissor. Estamos no melhor momento da nossa história. Acabamos de lançar o vídeo da 6º Andar tocada ao vivo no estúdio e alcançamos muitas visualizações em apenas uma semana. Hoje lançaremos um novo vídeo, dessa vez um cover e já temos mais 3 na fila que a galera vai escolhendo de acordo com enquetes que lançamos na nossa fan page. Paralelamente a esses lançamentos, no sábado entraremos em estúdio para a gravação de um single que será veiculado com um webclip provavelmente em agosto e logo que sair esse single já estaremos finalizando as gravações do segundo compacto da Série Seu Sexo em Mim. Serão 4 músicas lançadas simultaneamente que darão continuidade ao Compacto #1, Travesseiro. Ainda não definimos o nome do segundo compacto, mas já temos algumas ideias. Além dos lançamentos, ainda esse ano finalmente disponibilizaremos cópias físicas do Compacto #1 e também do #2 e a partir deste mês vários modelos de camisetas estão a disposição para a galera que nos acompanha comprar!

E foi esse nosso papo de 2 semanas atrás e eles já lançaram o video mencionado e já entraram em estúdio. Mas isso não impede que você vá e veja esse e todos os outros vídeos da banda. Pra isso, eles estão no Facebook, Twitter, Soundcloud e possuem até um site que foi lançado recentemente. Então, nada de desculpas! Ouça Zéamais e seja feliz!

Deixo com vocês o clipe da música "Livre" e despeço-me por aqui!




Até mais minha gente,

Sarah Azevedo.

PS: O Blogger é um cara super bacana e as vezes não acha todos os videos relacionados a banda. Ou seja, na hora de procurar as músicas citadas acima, os únicos encontrados foram os videos da parte da gravação da bateria. No entanto, o importante é que as músicas estão sendo tocadas direitinho e dá pra vocês ouvirem o som. Nunca um baterista apareceu tanto nesse país! Viva aos baqueteadores!

sábado, 20 de julho de 2013

Medo de mudanças, cabeça no mundo da lua e dia dos amigos.

Já sentiram como se o mundo de vocês fosse virar de pernas pro ar ? Ou simplesmente, se sua cabeça não fosse grudada no corpo, você a esqueceria no travesseiro ? Então.

As vezes a realidade bate na nossa porta de uma maneira tão intensa, que fica dificil de assimilar tudo ao mesmo tempo. São tantos sentimentos confusos, tantas sensações esquisitas e tantos acontecimentos ao mesmo tempo, que a única vontade que existe no peito é a de sair gritando e fugir. Pra onde ? Não faço a mínima ideia.

A verdade é que tudo isso tem uma causa principal: Mudanças. Não que eu não goste delas. Afinal, elas são necessárias. O problema é a rapidez com a qual acontecem. Esse ciclo vicioso que insiste em se repetir com mais frequencia do que deveria e simplesmente me tirar da minha zona de conforto.

Mudanças possuem seus prós e contras. Mas pra uma pessoa preguiçosa e que acha que não vai adaptar-se rapidamente, elas significam o fim de tudo. Acho que o meu problema não é essa aversão toda. E sim medo. Medo do que venha a seguir e preguiça de ter que desvendar o que vem depois. No fim, acho que é tudo culpa da preguiça. No final, são essas mudanças que movem a vida.

E sobre todo esse papo de bêbado, vem agora o dia dos amigos como tema. Talvez não tenha nada a ver, mas para pra pensar: Quantos amigos você já não fala há séculos por conta de mudanças, sejam elas no seu jeito, no jeito do individuo supracitado ou simplesmente porque o destino assim quis e seus caminhos se separaram ? Pois é! Não disse que essa tal de mudança tem culpa em muitas coisas ?

Sinceramente, acho que ter um dia pra se comemorar o dia dos amigos é uma coisa meio banana. Assim como dia do pai, mãe e etc. Acho que é a única data que não virou comercial ainda. Dia dos amigos é todo dia! Aquele dia que você não tá na vibe e sabe que sempre vai ter alguém pra contar e comer brigadeiro. Dia do amigo, é aquele dia em que você sai de casa sem rumo e acaba fazendo do dia uma coisa repleta de sorrisos e memórias inesquecíveis. É reencontrar e abraçar apertado porque não se aguenta de saudade. É se morder de ciúmes e negar até o fim. Passar por maus bocados e depois rir como se nada tivesse acontecido. Enfim, dia do amigo foi só mais uma data que inventaram pra você gravar. Porém pra não passar em branco... Feliz dia do amigo pra todos que estão sempre por aí comigo e obrigada! Aturar uma pessoa lerda, com voz de criança e que só fala de bandas de nomes estranhos não é fácil!

Pra ilustrar, deixo com vocês uma musica super bonitinha, que sempre me remete a essa data não sei porque. Saquem só :



Sem mais todo esse papo de botequim... Até mais minha gente!

Sarah Azevedo.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mas afinal o que é Rock 'n' roll ?


Bom, para alguns é um estilo de vida, pra outros uma esquisitice sem tamanho e para o Humberto Gessinger fica a dúvida entre os óculos do John e o olhar do Paul.

Como toda a galera sabe, ou pelo menos deveria saber, hoje, dia 13 de julho é comemorado no Brasil o dia do rock. Graças a uma galerinha que resolveu se reunir em um show beneficente há alguns anos atrás  contra o fim da fome na Etiópia, se eu não me engano. A partir da década de 90, os brasileiros começaram a comemorar o dia do rock nesse dia, pra relembrar esse gesto bonitinho, com programação voltada pra esse tipo de publico onde quer que seja. Ou pelo menos deveria ser assim.

E é óbvio, que eu não poderia ficar de fora dessa não é ? Hoje, como de praxe irá rolar entrevista sim. Mas não só com uma banda. E sim com três! Sim, meus caros! A programação de hoje vem bombando e de uma forma diferente.

Resolvi me expandir e clarear a mente. Grande parte da galera sabe que eu não sou fã de banda brasileira que resolve cantar em outro idioma, que em sua grande maioria é o inglês. Entretanto, nos últimos tempos, eu tenho ouvido uns trabalhos muito bacanas e resolvi deixar um pouco de lado o meu xenofobismo. Época de movimento verde amarelo já passou!

Enfim, as bandas de hoje são de diversas partes do Brasil. Gostaria de apresentar a vocês a galera da It Girl (CE), Far From Alaska (RN) e Red Foot (PR). Do Nordeste para o Sul, minha gente!
Todas as três bandas citadas acima apareceram inusitadamente na minha vida e fizeram ver que o trabalho da galera como eles as vezes é muito melhor do que de muita banda gringa. Por isso, não custa dar uma chance e ouvir o outro lado da moeda, não é mesmo ? Resolvi bater um papo com as três bandas, num jogo rápido de poucas perguntas (ou pelo menos eu tentei que fossem poucas.) Saquem só:

- Por que escolher fazer rock em outro idioma ?
It Girl: Na verdade, não escolhemos. Não paramos e decidimos entre inglês ou português. As músicas simplesmente chegam. Temos uma boa familiaridade com o idioma e as letras inglês encaixam naturalmente nas melodias criadas, é um caminho natural. Não gostamos de forçar, as vezes surgem músicas em português, mas elas tem outra pegada e talvez sejam um outro projeto!

Far From Alaska: Acho que não foi escolha... A maioria do que a gente escuta de rock é em inglês, então na hora de compôr essa influência meio que aflora naturalmente. Fora isso a gente se sente mais à vontade pra ser sincero (leia mandar umas indiretas ahaha) ‘camuflando’ a letra com o inglês.


Red Foot: Escolhemos a língua inglesa não só apenas pela sonoridade mais também pela
extensa trajetória que o rock'n roll trilhou nesta língua, o que traz maior representatividade pra quem gosta mesmo de rock. A questão da sonoridade é musicalmente perceptível, basta escutar clássicos do rock na língua inglesa que foram "traduzidos" para outros idiomas e percebe-se o quanto se perde em harmonia sonora; afinal de contas, o rock surgiu do inglês, é como imaginar uma Bossa em outra língua que não a nossa, imagine um João Gilberto em "chega de saudade" sendo cantada em alemão!

- Como vocês veem o mercado atual de rock brasileiro ? 
It Girl: Promissor. Com os meios online fervendo, cremos que tudo seja possível. Achamos que essa história de banda querer ser do "mainstream" uma furada. Hoje em dia existem bandas independentes com carreiras sólidas que nos fazem acreditar que podemos produzir nossos discos e vender nossos shows sozinhos, viver de musica realmente.

Far From Alaska: Complicado, estamos meio que numa entresafra que já dura alguns anos, né? As gravadoras tradicionais caindo e meio perdidas no seu novo papel aí com todas essas transformações internéticas (ahaha), vários selos pequenos emergindo... Do ponto de vista do mercado tradicional, achamos que tá bem zuado... Cabou o glamour! O que, sinceramente, pra nós é ótimo, porque o independente taí e anda muito bem obrigado. Muita banda produzindo, rodando, se ajudando, muita coisa nova sensacional despontando sem precisar de um grande label pra fazer sucesso. ‘Sucesso’ aliás, é uma palavra que tá se redefinindo no rock... Mas isso é outro papo, pra se ter tomando café, com bem muito tempo pra falar umas bobageiras...

Red Foot: Vemos que o mercado em si continua o mesmo e funciona de duas maneiras.
Você pode pagar pra ter exposição de diversas maneiras; pelas convencionais
(pagando as rádios, os produtores musicais, os estúdios...etc), ou pelas maneiras
modernas (pagando blogs, redes sociais...etc). É claro que grandes produtores que
trabalham ou tem contatos em grandes gravadoras/selos musicais não irão produzir
Rock'n Roll caso esse não esteja em alta (moda) no momento, pelo simples fato
de que o mercado da musica encara a musica como material artístico (algo que se
vende pra ter lucro) e não mais como conteúdo artístico. O mercado do rock no Brasil
já foi "bom" um dia, apenas por esse motivo, o rock naquela época estava "na moda".
Quem não concorda com essa patifaria são as "bandas independentes", como a nossa,
que preferem fazer todo o trabalho por conta própria, priorizando a sinceridade artística.

- Sabemos que não é fácil levar uma banda de rock. Acham que isso complica quando a banda canta em outro idioma ou a galera recebe mais abertamente ?
It Girl: Achamos que pra todo som, há um público. Vão existir pessoas que são mais abertas a bandas que cantam em outro idioma e outras que não. A questão é descobrir onde estão as pessoas que curtem mais o teu som. Acima de tudo, fazer o tipo de música que você gosta de fazer.

Far From Alaska: Acho que sim, e que não. Depende do que você quer, uai. Se você quer ser o Jota Quest, poxa, isso será um problemão, canta em português, velho! No nosso caso, já não... quem gosta da gente - e isso a gente vê pelas pessoas que vem falar conosco nos pós shows da vida – escuta muita coisa em inglês também, então já está acostumado a receber a música assim.

Red Foot: Nunca recebemos nenhuma crítica especifica a questão do idioma nas letras da Red Foot. Acho que o inglês hoje está mais popular do que nunca, e quem gosta de rock'n roll de verdade já esta acostumado a correr atrás da letra pra cantar junto.

- Quais a influências de vocês ?
It Girl: As influências são as mais diversas, vamos citar uma carrada, hahaha. Kiss, The Strokes, Teenage Fanclub, Dinosaur Jr., Ramones, Lemonheads, The Drums, The Who, Sonic Youth, Mötley Crüe, Cage the Elephant, Misfits, Sex Pistols, Beatles, Rolling Stones, 69%love que é uma banda muito massa que existiu aqui em Fortaleza que cantava em inglês e por aí vai. Até aí são influências que acabam saltando mais aos olhos, pois cantamos em inglês. Nossas inflências nacionais são mais amplas, como música baiana (da boa) e Jovem Guarda. Somos muito influenciados também por Fortaleza, nossa cidade e por outras formas de arte como o cinema.

Far From Alaska: Eita que difícil. Lá vai umas paradas muitcho loucas: Dead Weather, White Stripes (e qualquer coisa do Jack White), Queens of The Stone Age (e qualquer coisa do Josh Holme), Foo Fighters, Turbo Wolf, Lana del Rey, Madonna... ó começou a esculhambar, melhor parar por aqui né?

Red Foot: Somos em 5 integrantes. Cada um trás para a Red Foot uma bagagem musical diferente, vai desde Muddy Waters, Elvis e Jerry Lee Lewis até Beatles, Led Zeppelin e por ai adiante, passando por blues, rock, country, folk, etc.

- Qual a melhor parte de se ter uma banda ?
It Girl:  A melhor parte de ter uma banda é ter uma espécie de segunda família, pelo menos com a gente funciona assim. A gente se diverte um com outro e convivemos muito bem. Isso é fundamental, deixa todo tipo de projeto muito prazeroso.

Far From Alaska: TOCAR ROCK ALTO!


Red Foot: Pra mim, e acho que falo por todos da banda, o melhor de se ter uma banda é

tocar Rock'n Roll! E receber parte do pagamento em cerveja também não é nada mal.

- Qual a melhor forma de se comemorar o dia do rock ?
It Girl: O melhor jeito de comemorar o dia mundial do rock é indo num show de rock e se divertir como você quiser durante a noite toda, se não for possível, simplesmente se junte com a sua galera, e ouça bem alto a sua banda preferida, grite junto com eles, faça solos de guitarra imaginária e é isso. Se não der pra se juntar com os amigos, faça tudo isso sozinho, é também uma grande terapia. Longa vida ao Rock.

Far From Alaska: TOCANDO ROCK ALTO!

Red Foot: Tocando Rock'n Roll, bebendo e se divertindo com os amigos rockeiros. Se não for rockeiro, não vale. rsrs

It Girl é formada por Pedro Fialho (Vocal), Anatole Nogueira (Guitarra), Yuri Lobato (Guitarra), Ricardo Arraes (Baixo) e Cícero Nascimento (Bateria). Caso tenha ficado interessado em saber mais da galera, é só chegar! Eles estão no Facebook, twitter e soundcloud.

Far From Alaska é formada por Emmily Barreto (vocal), Cris Botarelli (guitarra), Rafael Brasil (guitarra), Edu Filgueira (baixo) e Lauro Kirsch (bateria). E também estão pelo Facebook, Twitter, Soundcloud e Site.

Red Foot é formada por Gabriel Ricardo Teixeira (Vocal e guitarra base), Henrique Dinar (Baixo), Thiago Guerra (Guitarra solo), Fabio Santos (Bateria) e Augusto Freitas (Gaita harmônica).  E estão no Facebook e Myspace.

Sei que o texto ficou hiper longo, mas não reclamem! Esse é o meu presente de dia do rock pra vocês! Bandas boas e com som de qualidade no país do futuro! Gostaria de agradecer imensamente a galera de cada uma das bandas, que foram super bacanas em responder essa que vos fala, ou melhor, digita.

Sem mais delongas, até mais minha gente!

Beijos da Gorda,
Sarah Azevedo.




quinta-feira, 4 de julho de 2013

Os Diamantes dos Tangarás.

Fala aê, negads! Qual a boa da lagoa ?

Desde da onda de protestos e reivindicações que eu não apareço por aqui. Espero que estejam todos bem e recuperados das balas de borracha e das bombas.

Pra melhorar esse clima, melhor coisa não há do que música boa. Óbviamente, vem aí mais uma sessão das minhas bandas de nomes estranhos. O melhor remédio contra o tédio, o mau humor e o trânsito!

A banda de hoje é daqui da terra do samba, vulgo Rio de Janeiro. Formada por Ciro Acioli (Vocal), Nino Ottoni (Guitarra), Pitter Rocha (Guitarra), Miguel Dias (Baixo) e João Carrera (Bateria), o quinteto nomeado de Os Tangarás apareceu na minha vida já tem algum tempo. Só não consigo lembrar como foi. Mas isso são meros detalhes que não importam tanto assim. O importante é que lembro da primeira música. "Não sei viver como você" lembra-me algumas situações e até hoje é a minha preferida. Ouçam:



Com pouco mais de 2 anos de banda, os meninos possuem um EP gravado chamado Diamantes e já conquistaram um bom público, além de já aparecer diversas vezes em colunas de jornais como O Globo. Atualmente, estão preparando um novo album que possui data de lançamento prevista para o dia 17 de julho. Então, eu, uma pessoa muito boa, resolvi bater um papo com eles pra apresentar pra vocês. Ciro e Nino, vocalista e um dos guitarristas da banda, respectivamente, foram uns chuchus e conversaram comigo num papo super bacana. Saquem só:

- Como surgiu a banda ?
R: Ciro: Bom, eu acho que chega uma hora na vida de todo músico em que ele precisa dar um jeito de fazer música pra viver. Há dois anos atrás eu resolvi isso pra mim: preciso ter uma banda, preciso viver de uma banda, quem é bom o suficiente pra vir comigo? Infelizmente, eu não conhecia ninguém bom o suficiente, então me juntei ao Nino.  
Nino: O Ciro me ama, esse é só o jeitinho dele.

- Da onde saiu a ideia do nome "Os Tangarás" ?
R: Nino: O nome é uma homenagem ao Noel Rosa, que tinha um grupo chamado Bando de Tangarás. Pode parecer estranho a gente ter escolhido um sambista para homenagear no nome, mas é que todos gostamos dele. O Ciro, aliás, chegou a fazer o Noel Rosa no teatro! E acho que sugere a mistura que fazemos de rock com referências brasileiras.
Ciro: Sim, é verdade. E algumas coisas do Noel, como por exemplo a ironia das músicas dele, nunca saíram da minha cabeça. Eu realmente noto alguns traços dele em coisas da nossa banda. A homenagem faz sentido. Às vezes eu tô cantando uma melodia vocal, uma coisa de rock mesmo, e de repente me lembro do Noel. Ele tinha um caminho pra narrar as coisas que, sendo o tipo de música que for, faz sentido. 

- Vocês possuem um EP gravado e já estão preparando o novo CD. Geralmente essa fase traz consigo grandes mudanças para a banda. No caso de vocês, como tá sendo isso tudo ?
R: Ciro: A gente tem trabalhado muito, e o que eu posso dizer é que está sendo maravilhoso, de verdade. Toda a preparação, a intensidade de trabalho que envolve, é muito enriquecedora. A gente vai cuidando de um detalhezinho depois do outro, em muitos pequenos passos, e a evolução vai acontecendo sem que a gente sinta a diferença. É um processo orgânico. 

- Ter uma banda é bacana, no entanto é difícil.  Qual o maior perrengue que já passaram em cima dos palcos ?
R: Nino: Com os Tangarás já aconteceu de cair parte da energia do palco durante as músicas - cada vez que os refletores acendiam, os amplificadores de baixo e guitarra paravam de funcionar. Até descobrir qual era o problema, perdemos boa parte do show... 

- Qual a opinião de vocês sobre o cenário do rock nacional no Brasil, atualmente ? 
R: Ciro: Nós achamos que no mainstream já há algum tempo temos poucas novidades. Um expoente que tenha surgido, uma grande banda, uma coisa que mexesse com as pessoas. No cenário alternativo, tem muita gente boa, mesmo. Pra nós, a luta é conseguir levar música boa pro maior número de pessoas que for possível. Pelo menos quanto aos Tangarás, é isso que a gente quer; foi isso que os Beatles nos ensinaram.

- Bandas que pagam pra tocar: qual a opinião de vocês sobre o assunto ?
R: Nino: Eu não vejo tanto problema nas bandas que pagam pra tocar. O grande problema são as casas e produtores que cobram pras bandas tocarem. Claro que se ninguém  topasse isso não ia acontecer, mas normalmente são bandas que estão começando, desesperadas para tocar e que topam qualquer coisa. O ideal seria um boicote maciço a esse esquema, com o maior número possível de bandas participando. Mas as bandas, à medida em que vão crescendo, também param de pagar pra tocar. Nós mesmos não fazemos isso. 

- Sabemos que grande parte das pessoas não estão abertas a ouvirem o que tá surgindo por aí no cenário independente. Acham que isso acontece pelo fato das pessoas estarem desacreditadas ou por simplesmente terem preguiça de procurar algo novo ? Nesses casos, a internet pode funcionar como o principal meio de divulgação ?
R: Ciro: Eu acho que as pessoas nunca deixaram de querer música boa. E música boa sendo produzida é o que não falta. Eu consigo ser otimista. Entre os fãs de um artista super produzido, por exemplo, você acha muita gente com vontade de ir além, de conhecer outros tantos mais. E, sim, a internet dá a eles as ferramentas. Acho que a tendência é haver o aumento desse encontro, essa aproximação entre o público interessado e a boa música.

- Como é o processo de composição de vocês ? Todos na banda compõem ? Da onde surge a inspiração ?
R: Nino: Nesse disco, as composições são minhas e do Ciro. Mas não tem muito um processo único de composição. Tem vezes que uma música surge pronta na sua cabeça e tem vezes que a gente acaba trabalhando meses na mesma música até ela ficar pronta. E as inspirações estão em todos os lugares!

- A música "Não sei viver como você" traduz uma pessoa que já tá cheio da rotina e de tudo, certo ? Qual a história por trás dessa letra ?
R:  Nino: Em Não Sei Viver Como Você cada estrofe é para uma garota diferente. Claro que é "romanceado", senão não renderia uma música, né? E acho que no fim ela mostra uma inadequação do eu-lírico. Particularmente, gosto bastante dessa temática! 

- Existe alguma banda ou cantor que vocês tem grande vontade de dividir o palco ?
R:  Ciro: Existem vários. Pra citar uma referência gigante da minha formação, eu gostaria de tocar com Arnaldo Baptista, Sérgio Dias e Rita Lee - os três juntos, e eu.

- Para encerrar: Qual o futuro dos Tangarás ? O que pretendem fazer pela frente, planos e etc ?
R: Ciro: Dentro de duas semanas nós vamos entrar em estúdio para as sessões de gravação do nosso primeiro álbum. Estamos completamente focados nisso agora. Depois do disco, vamos cair na estrada com os shows de divulgação. E, ainda nesse segundo semestre, partiremos para a produção do nosso DVD ao vivo.  

E depois de toda essa conversa e de todas essas noticias boas, se você curtiu a banda e quer saber mais, é simples. Pode acessar as páginas deles no Facebook, Twitter, Soundcloud e TnB (Toque no Brasil). E claro, aguardar ansiosamente para o lançamento do novo CD. Ah, e espero ver o Ciro algum dia cantando com a titia Rita Lee, acho que iria bombar!

Pra vocês ficarem com um gostinho de quero mais, deixo pra vocês o clipe da música "Você Ainda Vai Me Ver Com Outra":


E é isso, crianças! Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.