sábado, 29 de dezembro de 2012

A volta dos que não foram.

Boa noite pra você que tá aí sem fazer nada, pra quem tem coisa pra fazer e tá enrolando e pra quem tá indo pra balada. Aproveitem, 2012 tá dando adeus, cambada!

Grande parte de vocês ainda tá se recuperando do natal, se preparando pro ano novo, e eu como pessoa bondosa que sou, resolvi fazer um apanhado das bandas independentes que mais tocam no meu celular, e que eu não falei tão abertamente pra vocês durante o ano. Na verdade, sempre falo delas, mas nunca consegui entrevista... Na verdade, não sei porque bananas, mas isso são só detalhes. Esse é o meu presente de natal pra vocês.

A primeira da lista, acho que vocês já advinham. Quem chutou, Vivendo do Ócio, acaba de ganhar uma cachaça grátis aqui no Bar do Seu Tião. Só comparecer.

A Vivendo do Ócio é uma banda baiana, que eu conheço... Ah, sei lá quanto tempo. Por culpa de um amigo, a primeira vista não curti muito. Mas, só por causa do nome, fiz questão de conhecer mais a fundo. Quando fui ver, estava fascinada pelo som dos caras. Formada por Davide Bori, Luca Bori, Dieguito Reis e Jajá Cardoso, possuem na bagagem 2 discos. O primeiro intitulado Nem Sempre Tão Normal, e o mais novo lançamento, O Pensamento é um Imã, que tem sido muito bem recebido pela maioria das críticas alheias. A música Nostalgia, feita em parceria com Pablo Dominguez, rendeu aos moleques indicações a vários prêmios, incluindo o VMB. A música Por Um Punhado de Reais, tem em uma de suas frases o título deste blog, óia que lindo.




A próxima da lista é conhecida como Selvagens a Procura de Lei. Chegaram até mim através da Vivendo do Ócio. Formada pelos cearenses Caio Evangelista, Rafael Martins, Gabriel Aragão e Nicholas de Melo, os meninos possuem um som gostoso de se ouvir, que até minha mãe curte. Já chegaram chegando, tendo recentemente tocado com o Capital no Prêmio Multishow. Aí eu pirei na batatinha né ? Enfim. O primeiro Album da banda, lançado em 2011 é intitulado de Aprendendo à Mentir. Mas, os meninos não param e já prometem um novo cd para o começo de 2013, é só aguardarmos e enquanto isso curtir a vibe das outras músicas.

Acho que a próxima, é sem dúvidas a banda que meu pai mais zoa. Vespas Mandarinas, é nome dela crianças! Formada por Thadeu Meneghini, Chuck Hipolitho, Flavio Guarnieri  e André Dea, a banda de São Paulo chegou até mim via Twitter. Lá naqueles "Quem Seguir" que quase sempre eu ignoro. Depois descobri que eles eram parceiros dos meninos da Vivendo do Ócio. Aí, percebi que estava tudo em família. Possuem dois EP's gravados, intitulados de Sasha Grey e Da Doo Ron Ron e também prometem um CD para o começo de 2013. Aja ansiedade!


A Maglore já é uma velha conhecida de vocês. Mas nunca posso esquecer de falar dos caras. Outra banda da terra do "Oxente", formada pelos músicos Nery Leal, Teago Oliveira, Leo Brandão e Felipe Dieder, os caras trazem uma música que muitos já compararam a Los Hermanos, mas pra mim é só música boa e só. O primeiro CD da banda chama-se Veroz e o segundo já está sendo providenciado para o início de 2013.




Não poderia terminar, sem dar uma puxação de saco para a minha cidade, o tão amado Rio de Janeiro. Só que não. Enfim, Os Azuis chegaram até mim pelo Twitter também. Segundo meu pai, são Avatares disfarçados. Mas quem liga para o que o véio pensa ? Enfim. Formada por Tomé Lavigne, Greco Blue, Tomás Bastos e Lucas Mamede, a banda carioca lançou seu primeiro trabalho em 2011, intitulado de II. Enquanto isso, fazem a minha alegria em casa com letras que fazem com que eu me identifique tanto, a ponto de achar até engraçado. Vivem fazendo shows por aí, quem sabe não aparecem onde você mora ?



E é isso, galerinha do mal! Se quiserem saber mais sobre alguma das bandas, é só clicar em cima do nome, e ser feliz. E não esquecer que precisamos divulgar as bandas que existem por aí. Lembrando das bandas que já passaram por aqui e pelo Desurindo que são: Banda Tereza, Besouros Verdez, Capitão Eu e os Piratas Vingativos, Os Dentes, Amsteradio e Los Bife. Valeu, galera! Que em 2013 venham muitos shows, muito dinheiro e muita música boa, porque é disso que a gente precisa.

Se tiver alguma banda por aí, falem comigo! õ/ Gosto dessas coisas, mandem e-mail, comentário, sinal de fumaça... Vale tudo. Enfim, até mais minha gente! E ótimo 2013!

Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Já se foi o tempo em que o mais importante era ser criativo e inteligente ♫

Infelizmente, a real é essa. É por isso, que eu continuo nessa busca do que é criativo, inteligente, legal e etc. 

Boa noite de fim do mundo, negads! Quem achou que isso ia acontecer, mais uma vez foi enganado. RÁ, se ferrou! Mas, para a sua alegria dessa sexta feira boladona, nem tudo está perdido. Se você está aí no tédio, não tema, pois com a Sarah não há problema! Na verdade há, mas isso não vem ao caso.

A semana foi cheia. Formatura, (agora sou mais uma desempregada no mundo), despedidas. Mas, tudo melhora nessa vida. Ou não. Mas, enfim. 

O que importa, é que hoje eu venho com a solução dos problemas de vocês. Música e bom humor. Quem não gosta dessas duas coisas, pode ir ali se matar, porque já tá morto há muito tempo. Essas são as melhores coisas da vida! E a banda Los Bife juntou tudo isso no seu som. Pois é galera, eles são banda da semana!

Outra banda carioca. Cada dia que passa, sinto-me mais orgulhosa das bandas do Rio! Com um cenário independente totalmente fracassado, conseguem fazer um som de qualidade e ainda manter a cabeça fria. Oh, céus. Pergunto-me até quando esse cenário continuará assim. Enquanto não muda, eu continuo aqui apresentando as coisas boas pra vocês.

A Los Bife é formada Igor Leão, Felipe Ventura, Mauricio Costa, Guy Charnaux e Eduardo Miceli. Pessoas com sobrenomes estranhos, mas aqui não temos preconceito. Conheci o som dos caras através de um outro carinha de uma outra banda, a Amsteradio. Ele falava muito bem do trabalho dos caras, e eu curiosa fui procurar. O resultado foi um ser completamente feliz com o trabalho que ouvi. Então, para a alegria de vocês, eu resolvi compartilhar meu bom gosto. A primeira música que ouvi foi "Mamãe" e achei engraçada. Saca só: 


Bati um papo com o batera da banda, o Guy, que me revelou altos babados sobre a banda. O resultado, você confere a seguir:

- E aí, como os integrantes da banda se conheceram ?
R: Parte da banda se conheceu ainda em tempos de escola (Dudu, Igor e Pacheco estudaram juntos no Andrews). Os outros dois membros, Guy e Céia, tocavam juntos numa banda chamada Generais de Pijama, já eram conhecidos do Los Bife e foram convidados a integrar o grupo em 2011, chegando assim a banda à sua formação final.


-Por que criar uma banda chamada Los Bife ? Curtem comer muita carne ?
R: O nome nada tem a ver com carne bovina. Na verdade, esse nome tem sua origem na palavra "Lotszebifehl", que em silhetinês quer dizer "jovem molestador de porcos".

-As músicas de vocês,  abordam os temas com uma levada boa de humor. Acham que assim fica mais fácil de conquistar o público ?
R: O humor costuma ser apreciado com maior facilidade pelo público do que as propostas mais sérias e profundas. Utilizamos muitas vezes o humor como um caminho para transmitir determinadas mensagens do nosso interesse.

-E por falar nisso. Acham que as pessoas andam com preguiça de conhecer bandas novas ? Por que ?
R: Bom, se sim é pela cena atual muito fragmentada e pelo fato dos holofotes estarem, na maioria dos casos, direcionados para as bandas erradas. Dessa forma, o público se sente desestimulado a conhecer algo novo e prefere ficar com o que já conhece, com os artistas consagrados.

-Fazer um rock de verdade, ao estilo de vocês... É difícil viver disso na cidade do samba, vulgo Rio 40 graus ?
R: É difícil pra qualquer banda em qualquer lugar do Brasil, na verdade - quando não se tem dono de gravadora ou algum produtor de sucessos dentro da própria família. Nós não vivemos disso ainda, naturalmente, e é claro que fazer disso um sustento não é nada fácil, mas trabalhamos duro para que isso seja uma possibilidade.

-E como surgem as composições ? O que é mais fácil de fazer, melodia ou letra ? Quem compõe mais ?
R: Pacheco e Igor assinam a maioria das composições. A maneira como as músicas surgem varia, mas geralmente tudo começa no violão e voz. Quanto à dificuldade, bom, isso depende da música da qual se trata: cada caso é um caso.

-Qual a opinião de vocês, sobre o cenário independente de música nacional ?
R: Como dito antes, é um cenário muito fragmentado, com muitos artistas bons que não conseguem chegar no grande público por não terem um know-how de como divulgar o próprio som e conseguir público. Muitas bandas aparecem, lançam apenas um disco ou às vezes apenas um EP e desaparecem depois disso: devem entender que nada se constrói assim, que a imagem de uma banda se faz através de um trabalho árduo de anos e anos, gravando e se apresentando.

-Quais as maiores influências da banda ? O que curtem ouvir nas horas vagas ?
R:  Nesse quesito, cada um tem seu tipo de música favorito, mas sempre com algumas bandas em comum. Dudu gosta mais de Beatles e sons dos anos 70, Igor curte mais o rock alternativo dos anos 00 e coisas mais recentes, Guy está mais para o punk e o metal dos anos 80 e 90 e Pacheco e Céia são os mais ecléticos, ouvem de música barroca até math metal extremo.

-Na música “Rindo de Mim”, há um trecho em que diz: “o baixista meio autista, que pensa que é artista.” Por que os baixistas sempre sofrem ?
R: Porque eles vieram nos livrar dos pecados.

-Infelizmente, sabemos que ainda há bandas que pagam pra tocar. Qual a opinião de vocês sobre o assunto ?
R: Somos totalmente contra. Isso nada mais é do que o oportunismo de certos "produtores" que se aproveitam de bandas que estão começando, dando-lhes essas condições absurdas para que se apresentem, para encherem os próprios bolsos e não contribuirem em nada com a cena musical.

-Sem a internet, acham que as bandas novas que estão surgindo por aí, estariam mais apagadas ? Acham que a internet ajuda nessa divulgação ?
R: Sim, claro. A internet dá inúmeras ferramentas para que a banda possa divulgar seu trabalho, organizar-se internamente, fazer contatos, traçar planos, dentre outras utilidades. É só dar uma pesquisada e ver o que está rolando de novo.

-Qual o maior mico que já pagaram em palco ?
R: Uma vez pagamos um mico de cerca de meio metro de altura para que ele fosse buscar uns cabos para a gente, mas ele levou nosso dinheiro embora e nunca voltou com os cabos. Era o maior mico que já pagamos, era realmente muito grande.

-Existe alguma vontade da banda em fazer parceria com algum cantor ou outra banda ? Quem ?
R: Já pensamos no assunto mas nenhuma ideia muito genial surgiu. Pensamos em chamar o Sidney Magal pra fazer uma participação. Além disso, considerávamos fazer um musical no estilo velho oeste com a Hebe Camargo, pena que ela partiu desta para melhor e a ideia nunca se concretizou.

-Quais os planos para o futuro da Los Bife ? O que podemos esperar de bom da banda ?

R: Os planos? Continuar fazendo o que fazemos de melhor: salsichas empanadas! Porque música certamente não é. Brincadeiras à parte, podem esperar da gente mais dessa baderna sonora que vocês já conhecem do Super Supérfluo.
E é isso, galera! Depois disso tudo, eu aceito as salsichas empanadas, e espero que os baixistas não nos salvem dos pecados, senão, estaremos perdidos. Deixo vocês com a música "Rindo de Mim", que teve seu videoclipe lançado recentemente. Confere aí!

E pra quem quiser saber mais sobre os moleques, eles estão em todos os cantos da internet. Twitter, Facebook, e como são chiques, tem um site também, onde você pode ouvir as outras músicas da banda, e baixar o CD Super Supérfluo, também lançado recentemente. É só clicar e ser feliz. Mais mole que isso, só sentando no pudim!

Despeço-me de vocês por aqui. Curtam bastante o som dos caras e espalhem por aí! Vocês ganharão uma bala 7 Belo!

Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Se fosse só sentir saudade...

Mas tem sempre algo mais ♫ Tipo, aquela saudade de tudo o que eu nunca vi. Como proceder ?
Boa noite a você, que tá aí de boa na lagoa nessa sexta. Se tá por aí, é porque não foi pra canto nenhum e está autistando no computador. Então, seja bem vindo ao grupo!

Sabe aqueles dias em que você se dedica simplesmente ao ócio ? Pois bem. As vezes, ele é produtivo. Outras, apenas faz com que você fique se questionando cada vez mais sobre a vida e seus acontecimentos, até chegar num beco sem saída, de tantas perguntas e nenhuma resposta. Por exemplo, eu cheguei a conclusão de que a concepção de presente, passado e futuro é algo complexo demais pra entender. Porque, ao mesmo tempo que agora é presente, esse presente já passou, virou passado, enquanto o futuro tá acontecendo agora. Tá tudo fundido nessa merda. Mas, enfim.

Ócio também serve pra ficar remoendo lembranças boas. E pra se perder imaginando altas coisas. Quem nunca fez isso, que atire primeira pedra. O pior, é se perder no meio de tanta lembrança e tanta imaginação e se esquecer de viver a realidade.

E quando junta uma realidade de pressão do vestibular + despedidas + amigos distantes ? A vida se torna um redemoinho, onde a gente não consegue ter direção de nada.

Acho que fica estranho de perceber que nada vai ser como antes. Que a minha zona de conforto acabou, e que antes, tudo o que eu jogava a culpa na escola vai acabar. É difícil ter que aceitar que agora eu tô caminhando sozinha, com um bando de escolhas pra fazer. Quando na verdade, eu não saberia nem escolher um pokémon. É, eu que tanto rezava pra crescer, ser independente, me vejo cada vez mais dependente de tudo isso. Pego-me pensando em tudo o que vai ficar pra trás. Os amigos, que talvez virarão apenas mais alguns contatos no Facebook. Os amigos que irão estar longe, e aqueles que continuarão perto, mas que a gente não vai ver, porque vai colocar culpa no tempo, e dizer que não dá. A saudade é uma consequência que nós provocamos. E a falta de dinheiro ajuda, quando o caso tem ajuda da distância.

Fora aqueles amigos que vem e vão e deixam um enorme vazio, sempre clamando por mais. O jeito ? é se afogar nas fotos e relembrar os bons momentos, e esperar que estes não demorem muito a acontecer novamente. E saudade daquelas coisas que eu nunca vi, eu ainda não descobri uma cura. Mas, deve ter por aí. Coca cola as vezes resolve. Enfim.

Deixo vocês hoje pensando nas saudades de vocês. Pensando no que vocês tem, e no que querem ter. E no que já tiveram.

Até mais pra vocês! Semana que vem, tem banda nova na área. Boa noite pra quem tá indo pra balada e juízo.

Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Todas as músicas que a gente ouve, vão ficar bregas...

E os jovens não vão entender ♫ Vai dizer que é mentira ?
Bu!
Interrompo a sua programação de quinta feira tediosa, para que você fique menos entediado. Ou não. Mas, a intenção é boa, garanto.

Semana de grande movimentação no céu. Dave Brubeck e Niemeyer (para os íntimos Nini) deixaram nosso mundo, e foram dessa pra melhor. Que estejam descansando em paz. Afinal, já fizeram muito pela huminadade.

E como ambos, estão ligados a artes, resolvi que hoje iria falar de uma das minhas bandas de nome esquisito, mas que são boas. A primeira banda no blog novo, depois do Desurindo. Óia, que merda chique! 

De qualquer forma. Mais uma vez, o meu amado só que não Rio de Janeiro me surpreendeu positivamente. Quanto mais eu ouço as bandas cariocas do underground, mais me entristece esse cenário decadente que nós temos. Nós só teríamos a ganhar. Mas, já que nem tudo é como a gente quer, eu faço a minha parte.

A banda de hoje, é formada por Antonio Cheskis na batera,  Gabriel Franco nos vocais e na guitarra e Igor Duarte no baixo se chama Amsteradio. Sim, é isso mesmo que vocês leram. Começaram a seguir a minha pessoa no Twitter, e eu de boa fui ouvir. Nos primeiros acordes, percebi de cara as influências que os caras tinham da banda Selvagens a Procura de Lei, que como sabem, é uma das minhas favoritas. Saca só um tiquinho: 


 Bom, não demorou muito para que o som da Amsterádio começasse a se tornar rotineiro no meu celular. Então, como eu sou uma boa pessoa, estou aqui dividindo um papo que eu e o vocalista da banda, Gabriel, batemos durante uma tarde ensolarada e de um calor do cacete, desse Rio 40 graus.


- O nome da banda me lembra um pouco Amsterdã. Afinal, como surgiu o nome da banda ?
R:O nome da banda vem de um grupo que a gente tem no Facebook chamado Amsteradio em que compartilhava-se principalmente música,era um grupo dos amigos . Aí numa lista de 50 nomes a gente acabou escolhendo esse porque fazia sentido na hora e foi ficando hahaha.


- Como cada integrante descobriu o que queria tocar ?
R:Eu, Gabriel, escolhi violão/guitarra desde o início porque na Quarta Série todos os meus amigos resolveram aprender e eu entrei na onda também! O Antonio (Baterista) diz que na oitava série ele queria aprender algum instrumento e pra trollar os pais e fazer barulho escolheu Bateria.O Igor tocava guitarra numa banda que não tinha baixista e foi comprar um baixo por curiosidade e pra alguém da banda tocar, mas aí ele tomou gosto e acabou virando mesmo baixista.


- O que é mais fácil de fazer ? Letra ou melodia ?
R: Pra mim creio que melodia, mas depende. Geralmente as melodias surgem bem fácil e rápido, enquanto letras levam as vezes só 20 minutos ou até 3 meses pra terminar uma.


- Ocorre uma centralização nas composições, ou todos compõem juntos ? Donde surge a inspiração pra tocar ?
R: Normalmente eu componho a ideia da música em casa e depois levo pro ensaio e terminamos os arranjos juntos, aí cada um dá sua opinião e acrescenta alguma coisa. A inspiração vem de muitas formas, não sei muito bem como responder hehe!!


- Quais as maiores influências da banda ?
R: A gente ouve muita coisa, mesmo. Mas nem tudo dá pra botar no som, pra falar alguns nomes esse ano ouvimos muito Weezer(o Pinkerton provavelmente foi o disco que eu mais escutei em 2012), Libertines , Rita Lee, Raul Seixas e o primeiro disco do Los Hermanos.


- Vocês costumam ouvir o que tá ocorrendo no cenário underground ?
R: Sim, bastante. Tem muita coisa legal por aí tipo O Terno, Los Bife aqui do Rio, Lulina, Pullovers (que acabou recentemente) e a Clarice Falcão, são os meus preferidos. Fora as bandas do nosso meio também, de amigos, tipo Os Novos Canalhas. Tem muita coisa boa, é só procurar.


- Acham que esse cenário, enfrenta uma crise atualmente, ou ele tá em ascensão ? Acham que as pessoas precisam aprender a ouvir mais o que é novo ?

R: Creio que tá em ascensão, a internet ajuda muito a divulgar os artistas e achar público ficou mais fácil. Você pode ter nunca feito um show na vida , mas gravado em casa algumas coisas e arrumar gente por aí que escuta suas músicas. Porém no Rio ainda não tem uma cultura de ir a shows de bandas novas, um pouco por falta de interesse das pessoas e um pouco por falta de bandas que realmente toquem algo que faça o público ir frequentemente aos shows. O Fato de não haver uma “Cena” em que as bandas toquem algo mais ou menos parecido , a falta de espaço pra tocar e a dificuldade com a qual o espaço é conseguido também desfavorecem o cenário. Mas a Internet tá aí e ajuda muita gente a achar coisas novas, acho que muito mais do que indo nos eventos.

- O que as pessoas podem esperar de um show da Amsteradio ?
R:Três moleques cantando várias besteiras. O Antonio costuma dizer que é tipo um ensaio aberto, porque geral é bem próximo e tal.


- Acham que a internet ajuda para a divulgação das bandas do underground ? Ou que ela acaba fazendo com que as bandas percam espaço no rádio ?
R: A internet ajuda bastante sim, como eu falei ali em cima a gente descobre mais coisas na internet do que indo ver ao vivo. Além do que existem rádios na internet! A galera mais jovem agora tem escutado muito pouco rádio convencional, não creio que perca espaço é só o meio de descobrir música que mudou.


- Tem algum lugar que vocês querem tocar ? Algo que quando chegarem lá, vão poder dizer que são os reis da cocada preta ?
R:Talvez o Circo Voador, mas eu queria mesmo era tocar um dia no Lollapalooza!!


- E parceria ? Existe essa vontade de fazer um som com outras bandas ? Quais ?
R:Vontade existe, a gente curtiria fazer um som com as bandas dos nossos amigos, que tão bem próximos. Mas pra citar uns nomes mais conhecidos eu acharia maneiro levar um som com o Vivendo do Ócio ou O Terno.


- Qual o futuro da Amsteradio ? Próximos projetos, próximos shows e tal ?
R: A gente tem feito várias músicas novas e pretende lançar um Álbum que reúna algumas das antigas com essas que tão surgindo. Devemos gravar em Janeiro do ano que vem. Fora isso a gente deve lançar um single ou então umas gravações ao vivo de shows em que a galera possa ouvir as coisas novas, a gente só não quer ficar muito tempo sem lançar algo. Por enquanto tem alguns projetos de shows aqui pelo Rio, na praça São Salvador, no Saloon e no Teatro do Jóquei que já tão pra sair as datas.


Enfim. Por hoje é só, crianças. Espero que tenham curtido. E um obrigada enorme aos meninos! 

E pra quem quiser curtir mais um tiquinho da Amsterádio, e dessa galerinha do barulho baixou o locutor da sessão da Tarde, é só chegar aqui ó. Eles estão pelo SoundCloud, Twitter, Tumblr e etc. Melhor que isso, só dois disso!

E após essa, despeço-me. Lembrando, que se tiver alguma banda por aí, que cês queiram ver por aqui, é só mandar e-mail, mensagem, DM, inbox ou sinal de fumaça.

Sem mais delongas,

Sarah Azevedo.




domingo, 2 de dezembro de 2012

Nem tudo é como você quer.

E nem tudo pode ser perfeito. 
É sempre assim, não é ? Quantas idealizações já tivemos, e muitas vezes foram pelo ralo ?
O título é do capital. Mas, a história a seguir, tem mais a ver com outra banda de rock. Detonautas Roque Clube, é o nome dela.

Cara. Sabe quando você tá cansado de tudo o que acontece ao seu redor ? Das pessoas, da vida, da rotina. Dos caminhos que estão sendo trilhados ? Então. Chega uma hora que não dá mais pra aguentar, e a gente precisa parar, rever os conceitos e ver se o que tá acontecendo pode melhorar. Os melhores lugares pra isso, são os shows de rock.

Alguns podem achar que são um bando de doidos, que se enfiam por aí, a cantar músicas que pra muitos não fazem sentido. Ali, é a hora de se libertar, de enxergar o mundo com outros olhos.
Pois bem. A semana inteira, foi seguida de provas e mais provas. Fim de ano, recuperações e coisas do gênero. Os planos eram: Viajar mais de não sei quantas horas, pra outro município, ao lado dos amigos, pra assistirmos dois shows. Rosa de Saron, e Detonautas. Eu estava aguardando ansiosamente pelo Detonautas.  O show deles, é algo que te motiva, coloca pra cima. Te renova. Logo pensei que era o destino, tinha vindo logo na hora certa. Afinal, vestibular da UERJ era dois dias depois. Enfim.
Viajar, viajamos. Pegamos engarrafamentos. Cantamos, brincamos, rimos. Até aí já valeu a pena. Mas, a noite estava apenas começando. O show do Rosa, foi algo lindo. Mas, o melhor estava para vir depois. A minha libertação. A nova forma de enxergar o mundo. De repente, parece que tudo sumiu, e ficou nevoado. A noticia de que eu não iria mais assistir ao show do Detonautas, foi como um balde de água fria no inverno. 
Tive que aceitar. Ao mesmo tempo, vim revoltada. Uma raiva incomum tomou conta de mim. Pensamentos negativos começaram a rondar minha mente. De repente, lembrei me do último show que fui do grupo. Lembrei da energia que o vocalista, Tico Santa Cruz emanava. Lembrei me de tudo. Coloquei minha música, Um Cara de Sorte na playlist e tentei me acalmar ao máximo, imaginando que naquele momento, eu ainda estava lá, na grade, esperando que pudesse ter aquela sensação de leveza novamente. E assim, foi o trajeto até em casa.

Voltei a ficar de boa na lagoa. Não tanto, mas melhor do que nada. Ri com os amigos. Mas, aquela sensação de "podia ter sido melhor" não passou. E sinceramente, não irá passar por um bom tempo.

Porque no fundo, somos todos assim. Quando não conseguimos algo que queremos, nosso ego fica ferido. E com esse ego ferido, ainda tinha que aguentar, a porra do vestibular. Saí de lá me sentindo a pessoa mais burra do universo. Fragilizada, burra e ignorante. Quer mais o que ? A vontade de sumir tomando conta. Mas, mais uma vez. Nem tudo é como a gente quer. Eu ainda tenho que aprender a lidar com isso. E aprender a ficar invisível. Fracassos são coisas, que somente pessoas MUITO maduras, conseguem lidar. Eu infelizmente, ainda não aprendi. Espero que isso venha com o tempo. Afinal, não é o tempo que traz tudo ? E se for algo impossível, como diz a própria banda em questão: Não vou deixar que alguém, conquiste o impossível por mim, ah. Eu não vou deixar." E não mesmo. Por enquanto, a gente tenta. Afinal, vai que funfa né ?

E é isso. Boa noite pra vocês aí. E fiquem ligados, que essa semana tem banda nova na área!

Até mais, minha gente.

Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.

PS: Parece que mais alguma pessoa tomou juízo nesse mundo e tornou-se fã do Detonautas também. ALELUIA, IRMÃOS! Hahaha.