sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Músicos en Brasil! HUE!

Sim, estou me aproveitando da música da Los Bife pra poder começar o post de hoje. Ano passado comecei com Selvagens. É sempre bom mudar! Mas, não é nem me aproveitando, apenas acho que essa música descreve bem a vida de todos os músicos, principalmente a galera que tá começando.

Hoje é o dia do "droga, perdi minha palheta!", "lá se vai mais uma baqueta!" E o mais legal de todos: "mas trabalha com o que?"

Sim, senhoras e senhores. Músicos também possuem um dia no calendário! Não sei porque cargas d' águas é o dia 22 de novembro. No entanto, parabéns aê pra vocês que compõem coisas bacanas e fazem os dias parecerem melhores quando estão uma merda. Parabéns pra vocês que trabalham tanto quanto um médico, engenheiro, banqueiro ou camelô e que são taxados muitas vezes como pessoas que não querem nada com a vida. Viver de música não é o glamour que todos pensam. Na maioria das vezes é só patada e não pra todo lado. Porém, desistir não faz parte da natureza de vocês. Muito obrigada por não desistirem mesmo.

E a gente sabe que por trás de toda essa sensibilidade, acordes e lirismo, todos eles possuem uma influência. E assim como nós, também são fãs e também possuem sua banda, música e cd favorito. Pensando nisso, eu resolvi perturbar alguns integrantes de bandas que eu  curto ( e tenho certeza que você também curte) e fazer umas perguntinhas legais, pra abrilhantar o post de dia do músico desse ano. As perguntas foram:
"1- Músicos costumam fazer a trilha sonora da vida de muita gente. Mas, qual é a trilha sonora da sua vida? Qual música/cd/discografia mais te marcou?
2- E o que dizer pra alguém quando você diz que é músico e a pessoa te pergunta: mas trabalha com o que?"

Eis as respostas da galera:
Augusto Viana (Vocal – The Pulse):
1- Trilha sonora da minha vida. I am a Outta Time do Oasis e Lover you should have come over do Jeff Buckley são as minhas 2 musicas favoritas, mas de momento atual- O Rappa- Minha Alma, Damien Rice- Elephant, Hard Woman do Mick Jagger e Outdoor da minha propria banda haha , discografia, eu diria que todos os cds do Oasis são marcantes pra mim, os 2 cds do Gram, e o unico do Jeff Buckley.
2- Eu vou tentar ser simpatico ao responder, e falo que musica seria minha unica opção se atualmente desse pra se sustentar nela mas dará, não desistirei, e qualquer arte tem que ser valorizada, é uma profissão que tu mostra a cara, sobe a um palco, exposição e é sujeito a criticas, a musica é linda, minha unica terapia.

Guy Charnaux (Bateria – Los Bife):
1- Bom, essa é uma pergunta bastante delicada pra qualquer amante da música. Eu diria que a música que mais me marcou foi "Betrayed" do Rich Kids on LSD, lembro que foi algo que ouvi e, de cara, tive a sensação de ter encontrado um som que se comunicava comigo melhor que qualquer outra coisa. O disco que mais me marcou foi o Black Album do Metallica e a discografia, a do Iron Maiden.
2- Digo que trabalho com desenho de animação, porque, de fato, é o que eu faço hahahaha

Ciro Rezende ( Bateria - 5prastantas): 
1- É muito difícil saber 1 único CD ou música, mas se eu for analisar a que mais me marcou mesmo acho que foi o disco 'Dark Side of The Moon' do Pink Floyd. Eu já ouvia desde moleque, mas quando estava em uma fase de transição na minha vida, lá para os 21 anos, e me lembro que este disco me fez viajar tanto nas músicas, me fez entrar tanto no universo que a banda criou, que eu percebi que nunca seria uma pessoa que apenas ouviria a música por ouvir. Ali eu realmente percebi que eu preciso fazer parte da música, seja criando, interpretando, arranjando, etc... Apesar de não ser o meu disco preferido entre todas as bandas que eu gosto, acho que este foi o que me fez entrar mais profundamente neste universo paralelo que é a música! 
2- Ah, eu prefiro não falar nada a mais. Apenas digo "Com música" kkkkkkk

Gui Gui ( Guitarra – Dona Cislene): 
1- Na verdade não é um álbum é um box set do AC/DC chamado BonFire. É uma homenagem para o Bon Scott, é um box com 5 cds na versão americana e 7 cds na versão Australiana. Demorei muito para achar um na versão australiana com um preço "normal" e em bom estado, fui achar por acaso nos Estados Unidos em uma loja que não tinha nada haver com nada hehehehe. Demorei mas consegui o meu e não largo de jeito nenhum! Uma raridade de uma banda rara, não existe outra banda igual ao AC/DC!
2- Na verdade não me importo muito, músico é uma profissão que não é muito valorizada, mas com certeza é a mais gratificante, tenho certeza absoluta que sou mais feliz que a maioria que diz isso e trabalha com uma profissão "normal". Infelizmente essa é a nossa cultura, se eu ficar puto ou chateado com todo mundo que pensa assim a minha carreira não anda, temos que ter cabeça aberta e continuar trabalhando, para que um dia esses indivíduos mudem essa idéia. É uma profissão como qualquer outra, só tem uma diferença, é muito mais divertido!

Kayan Guter (Baixo - Os Dentes):
1. É difícil falar de um só disco ou de uma banda mas acredito que o Nirvana tenha sido a primeira banda a me chamar atenção pro rock e pra música de uma maneira geral. Além disso, continua me influenciando e me surpreendendo até hoje. O Nevermind marcou uma geração e é pra mim uma grande referência de produção musical e de sonoridade.
2. Não digo que sou músico, digo que toco baixo em uma banda. Não tenho formação musical e isso acaba sendo mais difícil ainda das pessoas entenderem. O ramo artístico pra muitos não é visto como trabalho e é difícil convencer algumas pessoas de que o que a gente faz demanda muito esforço e determinação, além de investimento de tempo e dinheiro. Só quem tem uma banda sabe como é... Mas o que importa é que viver de música é complicado, mas com dedicação é possível chegar a algum lugar.

Nino Ottoni (Guitarra – Os Tangarás): 
1- Beatles em primeiro lugar, sempre. Quando eu era um bebê eu já era ninado ao som do álbum Let it Be e até hoje sou um fanático por tudo o que eles fizeram. E, por causa deles, acabei me apaixonando pelo som britânico dos anos 60, dos Stones, Who, Kinks... Dá pra dizer que essa é a trilha sonora da minha vida.
2- Com engenharia mecatrônica, haha. Já tô acostumado com essa pergunta, fiz Cinema e também ouvi muito isso, então o jeito é fazer piada.

Lucas Furtado (Baixo – Scalene): 
1- a trilha sonora da minha vida se baseia em 4 discos: I Was There For a Moment, Then I Was Gone do Maybeshewill, Deja Entendu do Brand New, Ailments do Wolves and Machines e Waves do Moving Mountais. Esses 4 cds tem musicas que mostram meu exato estado de espírito em praticamente todas as situaçoes que eu possa encontrar na vida.
Claro que existem outros discos/músicas, mas esses 4 sao os mais presentes.
2- trabalho com o que eu amo. So isso. Se a pessoa precisa perguntar isso entao ela nao ta preparada pra entender o que é trabalhar com música e dai nem adianta tentar dar uma resposta explicando alguma coisa, hahaha

Leandro Bronze ( Guitarra – Besouros Verdez): 
1-Pergunta difícil, acho que existe uma trilha sonora pra cada fase da minha vida, na infância por exemplo, a música que mais me marcou foi “Stairway to Heaven” e na adolescência “Emotion Sickness” essas duas músicas são bem importantes pra mim. Silverchair foi a banda que mais marcou a minha vida, cada cd marcou uma época. 
2- A música tem vários caminhos e opções, a grande maioria das pessoas desconhecem essas outras formas de se viver sendo músico. Ainda rola bastante preconceito, mas na verdade nunca me importei muito com isso, acho até engraçado. As pessoas só começam a mudar de opinião, quando o artista consegue uma certa mídia, e isso é muita hipocrisia. Acho que ainda existe um padrão criado pela sociedade, e quando se faz alguma coisa diferente, rola um preconceito. 

Matheus Brasil (Bateria – Capitão Eu e os Piratas Vingativos):
1- Vários artistas/bandas marcaram a minha vida, em vários modos. Eu sou músico há quase 10 anos, e nesse tempo todo eu me envolvi com muitos estilos musicais conforme a minha vida fosse passando por suas fases. O legal de tudo isso é que eu vivo a música muito intensamente, ou seja, se eu gosto muito de uma banda eu insiro ela como parte do meu dia a dia, eu ouço só ela, eu encontro alguma associação dessas músicas á minha vida. Eu tive meus momentos. Momentos rápidos, momentos intensos, momentos singelos, e cada momento tinha sua trilha sonora. Eu lembro, quando eu era moleque, meu irmão chegou pra mim com um CD novo que ele comprou. Era o álbum preto do Nirvana, uma coletânea. Quando eu ouvi aqueles tambores de "You Know You're Right" e depois explodindo os pratos com um refrão poderoso, eu pensei: "Eu quero tocar isso!". Foi essa a faísca que me fez começar a bater com canetas nas listas telefônicas e pegar o velho violão fedorento com 4 cordas. Essa foi a trilha que tudo começou... Nirvana, Queens Of The Stone Age, depois o metal, Megadeth, Iron Mainden, Metallica. Agora, na metade desses 10 anos, eu conheci a banda que se tornou trilha sonora incondicional da minha vida: Dream Theater! Foi essa banda que abriu meus olhos, expandiu meus horizontes e me fez quem eu sou hoje. O Dream Theater é o meu amigo de infância, é o som que nunca vai ser velho pra mim, que SEMPRE vai me dar arrepios e me fazer chorar com algumas letras. 
2- "Você trabalha com o que?" "Sou músico." Não, mas, qual é o seu trabalho mesmo?" "SOU LIMPADOR DE JANELA DE AVIÃO, C*#&$#&@".
Numa ocasião em que você está prestando serviço à alguma pessoa/empresa e está sendo remunerado a isso: Adivinha? é o seu trabalho! Infelizmente é um emprego muito instável, que na maioria das vezes o esforço é muito maior que a recompensa e ainda tem muita gente que não respeita. Devo dizer que a decisão de querer viver de música é uma decisão muito difícil porque agrega muitos outros aspectos, como família, contas a pagar, estudos acadêmicos. Nesse ponto, a pessoa vir peguntar "Mas qual é o seu trabalho?" será o menor dos problemas. Eu relevo, né? hahaha.

E depois desses textos motivadores (como diria o enem), eu me despeço por aqui, desejando à vocês, músicos, que tenham um ótimo dia, regado a muita bebida e música boa. E agradecendo por fazerem o trabalho de vocês e compartilharem conosco.

E um obrigada especial aos meninos que responderam de bom grado às perguntas desta que vos digita! Muita bebida em dobro pra vocês!

À galerinha que lida com a música em geral: Mais uma vez, valeu aê! Obrigada por fazerem com que eu toque acordes inteiros dentro do onibus ou pareça uma louca tocando uma bateria imaginária. No fundo, não importa que sejamos loucos e sim, felizes. (Ê filosofia barata de botequim!)

Até mais, negads.
Sarah Azevedo.



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Acorde todos os moradores da cidade! A Dona Cislene chegou!

E eu cheguei também! o/

E aí, galera! Sentiram minha falta? Creio que não, mas vocês podem dizer que sim pra fazer uma média.
Sei que andei sumida. Mas vocês podem culpar a faculdade e essa vida pobre e sem dinheiro. No mais, continuo aqui como sempre, com a incrível missão de descobrir bandas boas e compartilhar com vocês, já que sou uma pessoa boa.

Nesse meio tempo, descobri muita coisa e aos poucos vou mostrando. Mas pra não deixar vocês com os ouvidos vazios, é claro que eu trouxe comigo hoje mais uma banda de nome esquisito!

A galera de hoje é de Brasília, nossa querida capital que quase não habita este blog, quando a questão é banda. Talvez porque eu não conhecesse tanto a cena de lá, mas isso já está mudando. Brasília está com uma cena de boas bandas, que infelizmente também sofre com a pouca divulgação. Vamos mudar isso agora!

A Dona Cislene é uma daquelas bandas que eu costumo deixar em stand by. Mesmo que eu não curta o trabalho atual, vou acompanhando até ver algo que me interesse. Sempre digo que a gente tem que dar várias chances ao som e eles me conquistaram na segunda chance, com o lançamento do novo Compacto da banda, que conta com 4 faixas. Entre elas, Acorde a Cidade, faixa que ganhou um video clipe e não deixa ninguém sentado. Você sente uma vontade incontrolável de querer sair por aí cantando a letra em alto e bom som. Saca só:


A banda é formada por Gui Gui (guitarras), Bruno Alpino (vocais/guitarra), Piauí (baixo) e Paulo Sampaio (bateria). Bati um papo com os moleques sobre a banda, a vida, e outras coisitas mais. Você confere logo abaixo:
- Como surgiu a banda?
R: A banda surgiu quando nós passamos a sentir a necessidade de tocar em conjunto as músicas que costumávamos ouvir na época. Com o passar do tempo sentimos que ter uma banda cover não era a nossa praia. Começamos a nos dedicar em músicas autorais e participar de festivais da cena do rock Brasiliense. 

- Como a música surgiu na vida de vocês?
R: Bruno: A música surgiu pra mim desde cedo com grande influencia da minha família que sempre me incentivou a escutar clássicos do rock e bandas locais de Brasília. 
Piauí: Para mim, a música surgiu muito associada ao skate e video-game, onde eu fui percebendo a força da música nos diversos aspectos da vida e aos poucos conhecendo bandas novas e me interessando pelo baixo.
Gui-Gui: Surgiu pra mim em Porto Alegre com meu Tio Avô, que me despertou grande interesse pela música. Ao me mudar para Brasília me interessei por guitarra ao escutar grandes influencias para mim. 
Paulo: Sempre fui conectado a música. Minha mãe sempre tocou piano, meu vô é multi-instrumentista e sempre me incentivou, e desde meus quatro anos fui criado nos palcos dos shows do meu pai. Não tinha pra onde fugir, ta no sangue (risos)

- Afinal, por que chamar a banda de "Dona Cislene" ? 
R: Na época queríamos um nome bem diferente para a banda. Queríamos um nome que tivesse mais significado para nós. Foi ai que conhecemos nossa primeira fã, uma senhora de 72 anos com o nome de CISLENE que passava o dia fumando cachimbo em cima do estúdio que costumávamos ensaiar. Esse encontro com ela nos fez elaborar uma de nossas primeiras músicas que conta os detalhes de quando a conhecemos. 

- Na opinião de vocês, é possível ser uma banda independente e viver 100% disso no Brasil?
R: Com muito trabalho e empenho sim. 

- Sobre o atual cenário de rock brasileiro, o que vocês pensam a respeito?
R: O cenário de rock brasileiro ultimamente tá crescendo bastante, principalmente em qualidade. Estamos em uma geração que tá correndo atrás de um novo auge do rock brasileiro, que temos quase certeza que será de algum modo diferente do rock dos anos 80/90. E de sermos de Brasília, o sonho que carregamos para trazer de volta os holofotes para nossa cidade é essencial como estímulo.

- Quais as maiores influências de vocês? O que curtem ouvir nas horas vagas?
R: Bruno: Foo Fighters, The Offspring, Raimundos e Red Hot Chili Peppers.
Gui-Gui: AC/DC, Black Sabbath e Titãs. Ultimamente to escutando muito Soundgarden.
Paulo: Natiruts, Led Zeppelin, Raimundos, Foo Fighters e Rage Against The Machine. Eu to ouvindo RODOX esses dias.
Piauí: Minhas influências variam meio que ciclicamente. Vão de Iron Maiden, Rancid e NOFX até Jamiroquai, The Fratellis e Franz Ferdinand. Mas o último CD do Arctic Monkeys tá muito bom! Escuto sempre.

- A música "Acorde a Cidade" é com certeza uma das melhores músicas de vocês e ganhou até um clipe. E recentemente, vocês vem ganhando um grande número de fãs pelo Brasil. Acham que a galera tá realmente acordando por aí? Como é essa experiencia pra vocês?
R: Pra gente é uma parada muito impressionante, pois é incrível ver que as pessoas se identificaram tanto com a música quanto a gente! Fizemos por conta própria o clipe, de forma independente mesmo. Queríamos passar pra todos a vibe da banda, como realmente somos e que gostamos de ser descontraídos.

- Já cometeram algum mico em palco que até hoje lembram-se e morrem de rir?
R: Uma vez o Gui-Gui empolgou demais e começou a girar com a guitarra. Ficou tonto e caiu em cima dos pedais! Hahahaha

- Para as bandas independentes, a internet é fundamental? 
R: Sim! É o principal meio de comunicação com o público e divulgação do nosso trabalho.

- Ter banda é algo bacana e tal, porém não é barato. Principalmente quando o assunto é a gravação de cd e essas coisas. Atualmente, a gente tem o Catarse, que é como se fosse uma vaquinha virtual e recentemente, vocês lançaram um projeto por lá, certo? Expliquem aí pra galera como tá funcionando toda essa coisa e o que eles podem ganhar, caso ajudem.
R: Sim, o projeto tem como objetivo arrecadar dinheiro para o nosso próximo CD. Temos diversas recompensas interessantes, como: ingresso para o show de lançamento, camisa exclusiva, passeio de lancha, ensaio aberto, pocket show e acompanhar a gravação do CD. Garantimos que o dinheiro será bem investido nessas músicas que estamos trabalhando com muita dedicação. Para nos ajudar basta acessar: http://catarse.me/pt/donacislene.

- Por fim, quais os próximos planos da Dona Cislene? Mandem um recado pra quem ainda não conhece o som de vocês!
R: Gravação do nosso próximo CD, shows em Brasília e no resto do pais e lançamento de videoclipes.
Para quem não nos conhece, nós somos a Dona Cislene, banda independente de rock de Brasília. Confira o nosso trabalho pelas nossas redes sociais! Aguardamos vocês nos próximos shows. ''Um brinde aos loucos que sabem viver!".

Tim tim! haha

E é isso, negads! Pra você que curtiu a vibe dos moleques, pode acessar o Facebook, twitter, soundcloud e o canal deles no Youtube e ficar ligado no que essa galerinha do barulho apronta por aí.
Sem mais delongas, despeço-me por aqui com mais um pouco do som da Dona Cislene:


Até mais, minha gente.
Sarah Azevedo.