segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

The Neves: A melodia que faz tremer.

Fala aí, negads! Não disse que logo logo eu voltaria com as minhas entrevistas com essa galera bacana que faz um som top na balada por aí? Pois é, chega de férias!

A primeira entrevista do ano é com uma galera que eu já conheço um tempinho. Quem me apresentou o som foi o Vitor (que era da Zéamais e agora é da cervelet), num momento de trocas musicais. De primeira, a coisa que mais me chamou atenção foi a voz por trás de tudo. Que voz! Alcançava notas altas perfeitamente e a gente conseguia perceber que quase sem esforço algum. Em seguida vinham as melodias que conseguiam juntar-se a voz harmonicamente, fazendo com que tudo virasse um roquenroll sem medo de soar dançante e alegre, e por algumas vezes, melancólico e saudosista.

Formada atualmente por Don Neves (vocais), Marcos Azevedo (baixo), Danilo Abreu (bateria) e Fernando Jatobá (guitarras), a The Neves é uma banda brasiliense, que eu tive o prazer de presenciar um show super sem querer no fim do ano passado e assim confirmar o que eu já sabia quando os ouvi pela primeira vez: era uma vibe linda, que precisa ser compartilhada com o máximo de pessoas possíveis!


Com um cd na bagagem (Nunca mais por enquanto) e outro à vista, os moleques estão numa fase bacana. Resolvi perturbá-los um pouco e bati um papo super bacana com Danilo, o batera. O que rolou, você confere a seguir:

- Como a banda surgiu e como os integrantes se conheceram?
R: A banda surgiu em 2009 como um projeto solo do nosso vocalista Don Neves, após um período turbulento em sua vida ele decidiu começar a gravar um disco solo. Após a gravação do disco ele foi conhecendo os integrantes da banda Eu, Marquinho e um pouco depois o Jatobá entrou. Tivemos nesse tempo outro Guitarra o "John" e um outro Baixista "Deidão" que não ficou por muito tempo.

- Por que o nome "The Neves"?
R: O nome veio na gravação do primeiro disco o "Nunca Mais Por Enquanto" que foi produzido em Goiânia pelo grande Rogério Pafa que chamava o Don de The Neves, hoje ele funciona para simbolizar a união da banda a "família" que verdadeiramente nos tornamos. Somos Os Neves!

- Vocês estão vivendo uma fase muito bacana pra qualquer banda, que é a gravação de um cd. No caso de vocês, o segundo. Como está sendo todo esse processo e como lidar com toda a espera pra ver o resultado final?
R: Esse processo está sendo muito massa, é o primeiro disco da Banda de fato, com a formação atual e está sendo muito divertido mas ao mesmo tempo muita responsabilidade. Temos muitas pessoas envolvidas e acreditando no nosso Disco, o Henrique que captou o áudio e está produzindo o disco mora em Los Angeles e todos os dias temos reunião por Face Time para ouvir o disco e pensar em melhorias, tem a galera do Móveis que abriu o espaço para a banda com a maior boa vontade, então a responsabilidade aumenta muito. Mas acho que está exatamente como a gente espera o "Bandas Que Me Lembram Você" vem com tudo!

- Vocês são de Brasilia, local onde muitos representantes do rock dos anos 80 e 90 saíram. Como vocês analisam a situação do rock atualmente, tanto brasiliense, quanto nacional?
R: Acho que toda banda que é daqui tem esse peso quando começa, Brasília foi um cenário muito importante pro Rock Nacional. Eu particularmente sou muito confiante no nosso cenário atual temos bandas de todos os gêneros de Rock e todas com muita personalidade. Acho que nunca mais teremos aquele bum que houve nos anos 80 e 90 mas fazemos a nossa parte com o que podemos. Podemos citar grandes bandas daqui com visibilidade nacional como o Móveis e o Scalene e também temos muitas bandas que prometem muito como por exemplo a Distintos Filhos. Acho que estamos bem representados em Brasília e no Brasil, acho que nosso povo é muito criativo e tem um poder muito bom em criar músicas. Então acho que estamos bem servidos, sou muito fan do nosso Rock!

- Falando nisso, vocês tem saído da cidade de vocês pra tocar em outros lugares. Como é pra vocês, sair pra outros lugares e conhecer e ver a galera cantando as músicas de vocês?
R: Viajar é sempre muito bom, acho que recarrega a bateria da Banda. Cada vez que vamos a uma cidade nova e vemos a galera cantando nossas músicas dançando e se divertindo acho que meio que temos a sensação de serviço completo. Pro músico o maior prazer dele nem tanto é a grana é o reconhecimento do trabalho e isso tem rolado muito com a The Neves. Espero que com o disco novo role mais viagens e mais histórias! 

- O cenário independente de música atual anda sofrendo algumas mudanças, com a volta das rádios de rock. Como vocês veem isso tudo, visto que a mídia em si não dá muito apoio as bandas novas?
R: O cenário anda procurando novas formas de continuar existindo. Mas eu penso que esses meios principalmente a internet tem sido muito mais eficaz que as grandes mídias. Então eu curto muito essa nova cara essas bandas que saem da internet e fazem um estrago até o ponto dos canais de TV e Rádio irem atrás delas. Curto muito isso.

- E sobre a internet? Acham que ela é uma arma fundamental pra qualquer banda que esteja surgindo e queira divulgar seu trabalho?
R: Acho que respondi já sobre ela em cima. hehehe' Ela é fundamental hoje em dia, o mecanismo mais justo e eficaz de mostrar seu trabalho! Ela veio para "Gregos" e "Troianos" hehehe' Curto muito essa capacidade de poder lutar de igual pra igual com outras grandes bandas. Lógico que existem meios que para se favorecer mas é bem mais justo que os outros meios de comunicação. 

- Vocês estão juntos há um tempo relativamente grande, e em palco, mostram uma vibe contagiante e um entrosamento incrível entre vocês. Qual a melhor parte de se ter uma banda? E se tiver, qual a parte ruim?
R: A The Neves funciona mesmo como uma família, nos damos bem e acreditamos muito uns nos outros, a gente sempre brinca que somos os melhores para tocar nossas músicas. Realmente funciona bem a banda e acreditamos muito no som mas sempre tem problemas uma banda é como um casamento, no nosso caso com quatro pessoas, então sempre existe algum problema mas a gente lida bem com isso. 

- Quais as maiores influencias de vocês?
R: A banda tem muita influência e esse disco novo vai mostrar bem isso. Vamos de Beatles a Led Zeppelin sem medo sabe, acho que cada um da banda tem sua influência particular e conseguimos juntar isso bem. Então é difícil eu dizer por todos mas sei que são as principais. Beatles como falei, Led, Incubus, The Kooks, Nirvana, Radiohead, Muse entre outras tantas. hehehe'

- Existe algum lugar especial que vocês queiram muito tocar? Aquele que quando vocês conseguirem, não vão saber distinguir se é sonho ou realidade?
R: A gente tem conseguido tocar em muitos palcos bacanas. Não sei onde seria esse lugar ideal, eu particularmente curto muito o Crico Voador, acho que ele é tipo um Budokan do Brasil. hehehe' mas esse é um desejo pessoal não sei dizer sobre a banda. Sei lá acho que um grande festival. Lollapalooza, Glastonbury. 

- Pra encerrar, quais os futuros planos da The Neves? Mandem um recado aí pra galera que ainda não conhece o som de vocês.
R: Temos em mente lançar esse disco e viajar bastante, já temos alguns shows marcados para o lançamento então é mesmo circular e poder mostrar esse trabalho pra todo mundo! Pra quem ainda não conhece a banda espero que curtam e aguardem que vem ai um grande trabalho feito com muito carinho e amor pela música. Espero que gostem do nosso som e é sempre uma prazer poder divulgar. Obrigado Sarah pelo contato e pelo carinho um grande beijo!

Um beijo e um queijo procês, moleques!

E pra vocês que acompanharam todo o desenrolar da conversa e ficaram curiosos sobre o som, vou deixar um pouco do que é a The Neves pra vocês. Fiquem aí com o video da música "Polifônicos": 



Caso tenham curtido muito a vibe e queiram ficar mais ainda por dentro do que rola com a banda, é simples: não seja preguiçoso e aproveite esse maravilhoso espaço chamado internet pra ficar ligado em tudo. A banda está no Facebook, Twitter, Toque no Brasil, Youtube e é claro, também tem um site muito legal onde você pode se inteirar mais sobre a história da galerinha, clicando aqui.

E é isso galera! Até a próxima.

Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

A volta dos que não foram #02

Fala aê, galera! Dei-me umas férias nesse começo de ano, mas não abandonei vocês, parcos leitores deste blog. Nesse meio tempo que dei, muita coisa nova e boa surgiu e algumas ressurgiram.
No fim de 2012, eu fiz uma retrospectiva aqui das bandas que haviam passado demais pelos meus fones de ouvido e dei esse nome. Por isso, to voltando com ela e acho que voltarei mais vezes. Pra falar de algumas bandas de uma forma mais aleatória, sabem? Falar daquela galera que eu costumo deixar em stand by ou aqueles que estão surgindo bem agora mesmo, sem precisar fazer entrevista. Mas não se preocupem! Elas irão continuar.
Então pra começar essa nova velha seção, separei algumas bandas muito boas que vocês não podem deixar de conhecer. Aquelas que surgem do nada, que vão e voltam, mas que nunca se vão. Então, vamos lá!

Violins

Banda de Goiás que me conquistou a primeira nota. Porém, nem tudo é perfeito e eu não me recordo qual foi a primeira música que ouvi. Mas pra uma banda como Violins, lembrar esse tipo de coisa é desnecessário. É só procurar qualquer música no youtube pra se apaixonar pelas guitarras bem marcadas, baterias que dão vontade de tocar junto e vocais que se encaixam perfeitamente nisso tudo. Já possuem um bom tempo de estrada e vários cds super bons e bem trabalhados. Vocês podem conferir o som no site, onde tem toda a discografia da banda.

Appolo

Uma das melhores descobertas do ano. Banda aqui do Rio que tem um panche inacreditável, se você for considerar a idade dos integrantes. Os moleques mostram que idade não quer dizer nada quando se tem talento pra coisa.  Linhas de baixo excelentes e uma bateria também muito bem marcada. Fazem um som meio sujo e é isso o que os deixa mais legais. Lançaram um ep de estreia, que você pode ouvir no soundcloud da banda.

Cervelet

Tá aí uma banda peculiarmente deliciosa de ouvir. Cervelet vale pra ouvir desde aqueles momentos dor de cotovelo até aquele amorzinho, em que dá vontade de sair por aí cantando e dançando, tipo musicais da disney. Mas não se enganem, o som não tem nada a ver com aquilo. aliás, vai muito mais além do explicável. São conhecidos por aí como a banda de cada mês, já que suas composições possuem o nome de cada um dos meses do ano. Lançaram as musicas no soundcloud e no youtube, um clipe nesse começo de ano e prometem um álbum pra este ano também. se eu fosse você, corria pra dar uma sacada no som e ter uma trilha sonora pra cada momento da tua vida.

E é isso negads! Adeus a essas férias prolongadas. Logo logo, estamos de volta com mais entrevistas, mais bandas de nome esquisito e todas as coisas que os deuses da música permitirem. Fiquem ligados, neste mesmo canal, provavelmente não na mesma hora.

E aproveitando: Vocês devem ter reparado que o blog tá de cara nova. Agradeço imensamente ao querido Abraão Santos, que deu um jeito nessa bodega! Agora assim, tá apresentável. Um dia te dou uma bala 7 Belo, Abraão! Enfim, é isso, crianças!

Até mais minha gente,
Sarah Azevedo