terça-feira, 27 de agosto de 2013

O mundo Real/Surreal da Banda Scalene.

Fala aê, negads! Quanto tempo! Tá tudo tão empoeirado e cheio de teia de aranha. Mas para a alegria de vocês eu voltei, e agora pra ficar! (como se eu tivesse outro lugar pra ir).

O tempo passou e eu voltei não com entrevista mas com uma resenha. Lembrando que eu não sou crítica e não entendo de nada. Sou cara de pau e acho sei das coisas.

Sabe aquelas bandas que eu costumo deixar em stand by? Então, a Scalene foi uma delas. Quando os conheci, fui conquistada pelas melodias. Nos últimos meses, passando por uma mudança na antiga formação e preparando o lançamento do novo CD, o quarteto brasiliense veio soltando algumas faixas na internet e aos poucos foram colocando combustível na fagulha que haviam acendido em mim quando os ouvi pela primeira vez. A combustão se deu no último dia 14, quando finalmente o álbum Real/Surreal foi lançado. 

O álbum é duplo e contém 18 faixas ao todo, 9 na parte Real e 9 na parte Surreal. Com bons riffs de guitarra que conversam perfeitamente com as linhas de baixo e com um toque de piano nos arranjos, esse álbum fez meus ouvidos muito felizes. 

A parte Real desse CD reacendeu minha veia e minha sede por mudanças. Sejam elas na vida, no cenário da música ou o que seja. Abrindo com a porrada de "Sonhador II", a banda já mostra uma energia bacana. Principalmente por ter seu baterista cantando em algumas partes como a introdução. Particularmente, eu gosto muito desse tipo de coisa nas músicas. E foi impossível não rolar uma identificação imediata com as faixas "Nós maior que Eles" e "Prefácio". 

"Silêncio" é aquela música que dá vontade de ouvir nos dias meio sei lá, onde você encosta a cabeça na janela do ônibus e se imagina no clipe. Sinceramente, é uma das minhas preferidas.

A excelente "Amanheceu" com seu arranjo simples toca lá no fundo. É como se fosse um agradecimento, se eu pude entender bem. E ao mesmo tempo, marca aquela coisa toda de estar crescendo, mas nunca deixar o lar e as coisas que se aprendeu ao longo de tudo. Sinceramente, é uma música que tem marcado bastante meus momentos e por isso a considero uma das favoritas.

O lado Surreal, já é aberto em grande estilo com o single "Danse Macabre" que ganhou um clipe tão bacana quanto a música. Algo que foi inspirado na série Dexter, segundo os meninos em entrevistas, e que a mim, lembrou muito o livro Coraline, por conta das máscaras com olhos de botão. Você pode conferir logo abaixo e tirar suas conclusões:

A seguir continuamos na vibe de batidas e bons riffs de guitarra com as ótimas "Karma" e "O Alvo". Sinceramente, são ótimas músicas pra se cantar a plenos pulmões quando se está revolts com a vida. Ajuda, é comprovado pelo ministério da saúde.

"Ilustres Desconhecidos" lembra as muitas aulas de psicologia que eu dormi. Aquela conversa toda do que é real e o que não é, quem somos na verdade, será que nós mesmos nos conhecemos realmente? São coisas que se a gente para pra pensar, embaralham a mente, porém não deixam de ser legais de se discutir. Ou no caso, cantar.

"Surreal" foi uma das faixas liberada antes do lançamento. Com um arranjo mais calmo em relação a outras músicas do disco e uma letra magnífica, onde voz e instrumentos conversam lindamente, é facilmente uma das minhas favoritas. "Anoiteceu' parece uma canção de ninar ao meu ver, não sei porque. Em qualquer disco que se preze, sempre tem uma música que um clipe surge instantaneamente na minha cabeça. No caso do Real/Surreal, ela é a escolhida.

Parece que ao longo que o álbum vai avançando, vai se criando uma calmaria maior e as faixas vão ganhando mais arranjos de piano. Como grande maioria sabe, um dos meus instrumentos favoritos, depois do baixo.  Com isso, conhecemos as últimas faixas do disco, "A Luz e a Sombra" e "Branco". Esta última, sem dúvidas foi uma das que mais me chamou atenção ao ser ouvida de primeira. Existe amor a primeira vista. No caso, foi um amor a primeira nota.

Obviamente, não falei de todas as faixas do cd. Falei das que mais me chamaram atenção e mostraram o quanto a galera da banda amadureceu, mudou mas não deixou de ter um som genuinamente seu. Fiquei extremamente feliz em ouvir esse novo trabalho da banda e poder ver como aprenderam ao longo desse tempo que os acompanho, mesmo que de longe. Tive a sorte de poder conferir a vibe desse novo trabalho dos moleques pessoalmente, numa apresentação aqui no Rio. E posso dizer: Se eles já haviam me surpreendido pelos fones de ouvido, ao vivo foi algo realmente surreal. Pelo menos, fazem juz ao nome do CD. Entretanto, acho que já posso chegar com esse lenga lenga todo e deixar que você tire suas próprias conclusões. O Real/Surreal está disponível para download no site da banda e pode ser ouvido no Deezer. Além de é claro, se você quiser, pode comprar pelo iTunes e etc. Fica a sua escolha! Só não deixe de ouvir!

Bom, dei meu recado. Qualquer dia desses eu apareço com alguma entrevista com alguma banda de nome estranho que vocês tanto curtem.

Beijos da Gorda,
Sarah Azevedo.


Um comentário: