terça-feira, 30 de julho de 2013

Zéamais e sua caixinha de surpresas.

Fala ae, negads! Feriadão de JMJ passou, altas tretas também. Mas isso é papo pra alguma filosofia de botequim que deve vir daqui há alguns dias. Ou não. Tudo depende da minha preguiça.

Terça feira, começo de semana, estresse, trabalho... Nada melhor do que boa música pra poder quebrar um pouco disso né ? Por isso, podem agradecer! Aí vem mais uma banda de nome estranho.

Com esse lance todo de conhecer bandas, algumas eu conheço e acabo sem querer deixando em stand by. Ou simplesmente, por conhecer há séculos, acho que as pessoas ao meu redor também conhecem e acabo não fazendo entrevista ou algo do tipo. Com a galera de hoje foi mais ou menos isso.

A banda da semana é do interior paulista e chama-se Zéamais. Foi uma das primeiras bandas independentes que conheci e quem me apresentou o trabalho da galera foi a querida Pê. Isso lá pelos meios de 2011 e bolinhas. Já passou da hora de eu mostrar o trabalho dos caras pra vocês né ?

Formada atualmente por Kauan Puga (vocal), Rafael Cirino (baixo), Fabio Fonzare (batera), Neto Sagula (guitarra) e Vitor Marini (guitarra), desde sempre me chamaram atenção pelas linhas de baixo marcantes e pelas composições com letras que fugiam da mesmice da época. Com um compacto gravado ( Travesseiro), os meninos já abriram show pra bandas como Titãs e tocaram em importantes festivais na cidade. Saquem um pouco do som:



Pra vocês ficarem mais íntimos, eu bati um papo com o querido Vitor, um dos guitarristas da banda e irei dividir com vocês. Chega aí:

- Como surgiu a ideia do nome "Zéamais" ?
R: Foi nosso vocalista, o Kauan quem trouxe a ideia e trabalhamos em cima. ZéAmais é derivado de Zea mays, o nome científico do milho. O milho foi escolhido por representar prosperidade em muitas culturas. Alteramos colocando a contração do nome próprio José (Zé) para que ficasse mais a cara do nosso país e denotando que somos cara comuns (Zés), mas queremos fazer algo de diferente (Amais). Ninguém estava sob efeito de drogas pra bolar toda essa explicação. 

-Vocês já tem um certo tempinho de estrada e algumas formações anteriores. É difícil conseguir manter a quimica entre todos os integrantes da banda ? Quais os prós e contras de se ter uma banda ?
R: Eu costumo dizer que manter uma banda é como manter 4 ou 5 namoros ao mesmo tempo. Quando as coisas caminham bem tá tudo muito lindo e as pessoas se dando bem, mas quando começam as tretas é complicado. O mais importante é saber que a nossa união é fundamental para caminharmos. Todos tem um sonho em comum, que é viver pela banda, então quando tudo fica complicado é só dar uma afastada e repensar se vale mesmo a pena brigar seja por qual motivo for.

- Quais as maiores mudanças que vocês podem apontar desde quando começaram até os dias atuais no mercado musical underground ?
R: As maiores mudanças que enxergo no mercado é que gradativamente as bandas tem mais acesso a possibilidade de ter um material gravado com qualidade, além dos meios de distribuição que ficam cada vez mais democratizados e menos concentrados. A internet é o aliado fundamental e hoje em dia é fundamental ter sempre novidades para lançar aos poucos. Não parece mais tão viável lançar um CD inteiro de 12 ou 13 músicas de uma vez se você não tiver no "mainstream". É melhor ir lançando poucas músicas ao longo de um maior espaço de tempo pra estar sempre na cabeça das pessoas.

- Como vocês devem saber, existe uma galera por aí que se aproveita das bandas independentes, e acaba cobrando da banda para que esta possa tocar. Já passaram por essa situação ? Como lidar com isso ?
R: Já recebemos convites para fazer rolês desse gênero. Não aceitamos. Penso que as bandas não devem aceitar serem exploradas. Custa muito caro ter uma banda de verdade e eu não falo só de dinheiro. Falo de esforço intelectual e braçal, de paciência, de tempo de vida. É um trabalho e deve ser remunerado como qualquer outro.

-Recentemente vocês conseguiram chegar até a 2ª fase para tocar no Festival João Rock, com o apoio da galera que curte o som de vocês.  Como vocês veem todo esse apoio ? Acham que falta isso hoje em dia para as bandas independentes e underground ?
R: Ficamos na quinta colocação da votação que tinha mais de 500 bandas no páreo. Ficamos muito felizes mesmo e serviu como estímulo para continuarmos na luta. As pessoas abraçaram nossa causa e descobrimos grandes aliados além dos que já conhecíamos. Apoio é tudo que as bandas independentes precisam. É engraçado como as pessoas pagam 200 reais ou mais para ver uma banda internacional e ficam indignadas de pagar 15 ou 20 reais para ir assistir ao show de uma banda local. Essa cultura precisa mudar! O Brasil tá lotado de bandas querendo aparecer e só precisam de um empurrãozinho.

- Quais as maiores influências da banda ? O que curtem ouvir nas horas vagas ?
R: A banda tem um mix de influências diversificado entre os integrantes. Vou falar um pouco das bandas que foram citadas por todos. Eu, o Kauan e o Neto temos em comum o hábito de procurar coisa novas e desconhecidas, ele foca principalmente em bandas nacionais desconhecidas. O Neto também deixa bem explícito que sua maior influência é o Slash. O Fabinho já é mais do Rock e Metal progressivo. Eu e ele gostamos muito de Dream Theater, Muse, Floyd, Beatles e Rush, os ídolos do cara são Neil Peart, Portnoy e Dave Grohl principalmente. O Cotô já curte ouvir Red Hot, System e Charlie Brown (essa é uma das que foi unanimidade entre todos). Eu pessoalmente tenho como ídolos John Petrucci e Matt Bellamy. Agora, falando como banda em si, procuramos nos espelhar em bandas que fizeram história no rock nacional como Ultraje a Rigor, Titãs, Raimundos entre outras.

-Há algum tempo atrás vocês tiveram a oportunidade de abrir um show para os Titãs. Como foi a sensação de estar no palco com a melhor banda de todos os tempos da ultima semana ?
R: Foi um grande momento para nós com certeza. Todos nós ouvimos e conhecemos Titãs desde criancinhas e de repente estamos abrindo o show dos caras, é algo impagável. Foi ótimo, fizemos um bom show, mostramos nossa cara e nosso som próprio pra quem ainda não conhecia a banda na nossa região.

- Existe mais algum cantor ou banda que vocês tem vontade de fazer alguma parceria ?
R:Temos amigos em outras bandas independentes aqui pela região. Para citar uma, em breve pretendemos fazer dois shows conjunto com os caras da Marte em Chamas, de Ibitinga. Fora isso, não temos nada em mente.

- E o qual é o futuro da Zéamais ? O que pretendem fazer por aí ?
R: O futuro da ZéAmais é promissor. Estamos no melhor momento da nossa história. Acabamos de lançar o vídeo da 6º Andar tocada ao vivo no estúdio e alcançamos muitas visualizações em apenas uma semana. Hoje lançaremos um novo vídeo, dessa vez um cover e já temos mais 3 na fila que a galera vai escolhendo de acordo com enquetes que lançamos na nossa fan page. Paralelamente a esses lançamentos, no sábado entraremos em estúdio para a gravação de um single que será veiculado com um webclip provavelmente em agosto e logo que sair esse single já estaremos finalizando as gravações do segundo compacto da Série Seu Sexo em Mim. Serão 4 músicas lançadas simultaneamente que darão continuidade ao Compacto #1, Travesseiro. Ainda não definimos o nome do segundo compacto, mas já temos algumas ideias. Além dos lançamentos, ainda esse ano finalmente disponibilizaremos cópias físicas do Compacto #1 e também do #2 e a partir deste mês vários modelos de camisetas estão a disposição para a galera que nos acompanha comprar!

E foi esse nosso papo de 2 semanas atrás e eles já lançaram o video mencionado e já entraram em estúdio. Mas isso não impede que você vá e veja esse e todos os outros vídeos da banda. Pra isso, eles estão no Facebook, Twitter, Soundcloud e possuem até um site que foi lançado recentemente. Então, nada de desculpas! Ouça Zéamais e seja feliz!

Deixo com vocês o clipe da música "Livre" e despeço-me por aqui!




Até mais minha gente,

Sarah Azevedo.

PS: O Blogger é um cara super bacana e as vezes não acha todos os videos relacionados a banda. Ou seja, na hora de procurar as músicas citadas acima, os únicos encontrados foram os videos da parte da gravação da bateria. No entanto, o importante é que as músicas estão sendo tocadas direitinho e dá pra vocês ouvirem o som. Nunca um baterista apareceu tanto nesse país! Viva aos baqueteadores!

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