Boa noite pra vocês! Semana que antecede o carnaval, a galera trabalhando e rezando mais do que nunca pra acabar logo tudo e ir aproveitar os blocos, a muvuca, as viagens... Enfim, o desligamento do mundo que esse feriado proporciona.
Mas pra você que vai enfrentar os engarrafamentos de viagem, horas dentro do carro, ou só ficar em casa mesmo fazendo faxina e sendo escravizada, não tema! Pois aqui vai a solução do problema.
Sim, aí vai uma dica de banda pra semana, pro mês, pro ano ou pra quando vocês quiserem. A banda da vez chama-se Radio 7 e eu já guardo essa entrevista deles tem um certo tempo. Não me chamem de egoísta. É que me enrolaram sobre o site e eu me revoltei e resolvi postar a entrevista, mesmo eles ainda não tendo site, porque sou rebelde sem causa.
Enfim, o quarteto formado por Danilo Lamonato, Gabriel Lamonato, Rodrigo Lamonato e Gui Amaral é de São Paulo e apareceram na minha vida via Twitter, ó ti fofo. Uma das poucas bandas que começou a me seguir do nada e eu segui de volta, porque curti o som. A primeira música que ouvi mencionava "Lucy in the sky", que eu associei a uma das músicas dos Beatles que fez parte da minha infância. Logo, conquistaram-me. Deem uma olhada:
- Como a banda se formou ?
R: Somos 3 irmãos, nascidos no interior de SP. Desde
pequenos nos acostumamos a ouvir de tudo em casa, por influência de nossos
pais. Por lá rolavam vinis de Beatles, Dire Straits, Chico, Elton John. Eu nunca
me interessei seriamente por tocar ate meados do colegial, quando vi alguns Zé
Manes na escola tocando. Quando entrei na faculdade pensei: agora eu vou
aprender. Comecei as aulas, aprendi o essencial pra sobreviver e segui adiante
meio por conta.
-E como seus irmãos entraram nessa
também ?
R: Com meus irmãos foi bem parecido. Até que começamos a
ensaiar de vez em quando, ainda muito amadoristicamente. Em 2005 participamos
de um pequeno festival no interior. Ali nos apresentamos pela primeira vez como
banda propriamente dita. E foi legal. As composições próprias ainda poucas, e
os ensaios eram mais pra tocarmos o que a gente gostava de ouvir. (Oasis, Beatles,
Cachorro Grande).
-O batera também é amigo de infância de vocês ?
R: Não é. Esta conosco há pouco tempo.
-Você me disse que conhecem o batera há
pouco tempo. Como se conheceram ?
R: Tivemos alguns caras que tocaram com a gente ao longo
dos anos. A busca sempre foi por um baterista técnico, que não precisava ser um
virtuose, mas que entendesse o espírito sonoro da banda. Foi difícil encontrar. Alguns
eram dedicados mas com direções musicais incompatíveis, outros eram bons mas
não tinham agenda ou disposição para tocar conosco. Então eu (Rodrigo), decidi
dar um basta nesta busca sem fim, e fui ao lugar certo - uma escola de
bateristas. Fui apresentado a um professor, e conheci o rapaz que toca conosco
atualmente - Gui Amaral.
- Como surgiu a primeira oportunidade da banda,
onde vocês viram " agora tá ficando sério."?
R: Percebemos que a coisa ia ficar séria
quando colocamos o videoclipe no ar, gravamos as músicas num estúdio
profissional.
- As composições são todas dos membros
da banda ? Donde surge a inspiração ?
· R: Inicialmente eu centralizava
todas as composições, não por imposição, mas porque meus dois irmãos não haviam
começado a tentar. Com o tempo Gabriel começou a esboça as primeiras harmonias,
passagens, e depois melodias. E agora mais recentemente o Danilo também já
monta algumas músicas e os dois tem se revelado bastante criativos e coerentes.
Noto que os 3 compomos na mesma direção, ainda que com estilos proprios.
Contudo, embora eles componham as
harmonias e melodias em algumas músicas, as letras até hoje são 100% minhas.
-E é difícil conversar melodias e letras
? O que surge primeiro ?
R: Isso é algo muito pessoal, e se você
perguntar para 1000 pessoas que escrevem as 1000 vão te responder coisas
diferentes. Comigo começa na harmonia, na maioria das vezes. Alguma passagem de
guitarra ou baixo me ocorre, eu gravo no celular, assobiando mesmo, e quando
posso passo para a guitarra. Dali começo a tentar estruturar algo. Se a idéia
sobrevive de um dia pro outro, normalmente eu começo a achar que pode se
desdobrar numa musica mesmo.
-E como surgiu o nome da banda ?
R: Inicialmente tínhamos outro nome. Um cidadão no Rio de
Janeiro resolveu contestar o registro deste no INPI, alegando que sua casa de
show, havia registrado o nome antes. Por uma série de razões resolvemos deixar
o nome anterior de lado. Para o nome novo eu nunca pensei numa explicação
melhor do que: gostamos do som.
- Na opinião de vocês, a internet se tornou uma grande aliada das bandas independentes ?
R: Sim, a internet se bem usada tem uma imensa utilidade para abrir espaço às bandas novas. Mas não trata-se de uma ciência simples. Dá trabalho e deve ser visto como um trabalho profissional.
- E bom, quais são os planos da banda,
nesse exato momento ?
R: Trabalhar na divulgação do primeiro
clipe, e lotar nossa agenda. Temos várias boas músicas, e nos sentimos muito nos sentimos muito bem mostrando-as para as pessoas.
E foi isso, galera! Quem tiver curtido o som da Radio 7 e quiser saber mais, os meninos estão no Facebook, Twitter e no Soundcloud, onde vocês podem ouvir e baixar outras músicas da banda. Enfim.
Bom carnaval procês, se beber não dirija, e se for dirigir, não beba. Por conta do preço da gasolina também e bá. Juízo, heim ? E só pra mostrar como sou boa, vou deixar vocês com mais um pouco do som dos moleques.
Até mais, minha gente.
Sarah Azevedo.
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