terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Na vitrola, o mesmo disco antigo ♫

Então tá na hora de comprar um novo, não é ? Troque o lado do disco, antes que fique arranhado e repetitivo.

Boa noite pra vocês! Semana que antecede o carnaval, a galera trabalhando e rezando mais do que nunca pra acabar logo tudo e ir aproveitar os blocos, a muvuca, as viagens... Enfim, o desligamento do mundo que esse feriado proporciona.

Mas pra você que vai enfrentar os engarrafamentos de viagem, horas dentro do carro, ou só ficar em casa mesmo fazendo faxina e sendo escravizada, não tema! Pois aqui vai a solução do problema.

Sim, aí vai uma dica de banda pra semana, pro mês, pro ano ou pra quando vocês quiserem. A banda da vez chama-se Radio 7 e eu já guardo essa entrevista deles tem um certo tempo. Não me chamem de egoísta. É que me enrolaram sobre o site e eu me revoltei e resolvi postar a entrevista, mesmo eles ainda não tendo site, porque sou rebelde sem causa. 

Enfim, o quarteto formado por Danilo Lamonato, Gabriel Lamonato, Rodrigo Lamonato e Gui Amaral é de São Paulo e apareceram na minha vida via Twitter, ó ti fofo. Uma das poucas bandas que começou a me seguir do nada e eu segui de volta, porque curti o som. A primeira música que ouvi mencionava "Lucy in the sky", que eu associei a uma das músicas dos Beatles que fez parte da minha infância. Logo, conquistaram-me. Deem uma olhada: 


Um tempo depois, eu e Rodrigo batemos um papo de boa na lagoa sobre a banda. Chega aí.


- Como a banda se formou ?
R: Somos 3 irmãos, nascidos no interior de SP. Desde pequenos nos acostumamos a ouvir de tudo em casa, por influência de nossos pais. Por lá rolavam vinis de Beatles, Dire Straits, Chico, Elton John. Eu nunca me interessei seriamente por tocar ate meados do colegial, quando vi alguns Zé Manes na escola tocando. Quando entrei na faculdade pensei: agora eu vou aprender. Comecei as aulas, aprendi o essencial pra sobreviver e segui adiante meio por conta.

-E como seus irmãos entraram nessa também ?
R: Com meus irmãos foi bem parecido. Até que começamos a ensaiar de vez em quando, ainda muito amadoristicamente. Em 2005 participamos de um pequeno festival no interior. Ali nos apresentamos pela primeira vez como banda propriamente dita. E foi legal. As composições próprias ainda poucas, e os ensaios eram mais pra tocarmos o que a gente gostava de ouvir. (Oasis, Beatles, Cachorro Grande).

-O batera também é amigo de infância de vocês ?
R: Não é. Esta conosco há pouco tempo.

-Você me disse que conhecem o batera há pouco tempo. Como se conheceram ?
R: Tivemos alguns caras que tocaram com a gente ao longo dos anos. A busca sempre foi por um baterista técnico, que não precisava ser um virtuose, mas que entendesse o espírito sonoro da banda. Foi difícil encontrar. Alguns eram dedicados mas com direções musicais incompatíveis, outros eram bons mas não tinham agenda ou disposição para tocar conosco. Então eu (Rodrigo), decidi dar um basta nesta busca sem fim, e fui ao lugar certo - uma escola de bateristas. Fui apresentado a um professor, e conheci o rapaz que toca conosco atualmente - Gui Amaral.

- Como surgiu a primeira oportunidade da banda, onde vocês viram " agora tá ficando sério."?
R: Percebemos que a coisa ia ficar séria quando colocamos o videoclipe no ar, gravamos as músicas num estúdio profissional.

- As composições são todas dos membros da banda ? Donde surge a inspiração ?
·    R: Inicialmente eu centralizava todas as composições, não por imposição, mas porque meus dois irmãos não haviam começado a tentar. Com o tempo Gabriel começou a esboça as primeiras harmonias, passagens, e depois melodias. E agora mais recentemente o Danilo também já monta algumas músicas e os dois tem se revelado bastante criativos e coerentes. Noto que os 3 compomos na mesma direção, ainda que com estilos proprios.
Contudo, embora eles componham as harmonias e melodias em algumas músicas, as letras até hoje são 100% minhas.

-E é difícil conversar melodias e letras ? O que surge primeiro ?
R: Isso é algo muito pessoal, e se você perguntar para 1000 pessoas que escrevem as 1000 vão te responder coisas diferentes. Comigo começa na harmonia, na maioria das vezes. Alguma passagem de guitarra ou baixo me ocorre, eu gravo no celular, assobiando mesmo, e quando posso passo para a guitarra. Dali começo a tentar estruturar algo. Se a idéia sobrevive de um dia pro outro, normalmente eu começo a achar que pode se desdobrar numa musica mesmo.

-E como surgiu o nome da banda ?
R: Inicialmente tínhamos outro nome. Um cidadão no Rio de Janeiro resolveu contestar o registro deste no INPI, alegando que sua casa de show, havia registrado o nome antes. Por uma série de razões resolvemos deixar o nome anterior de lado. Para o nome novo eu nunca pensei numa explicação melhor do que: gostamos do som.

Na opinião de vocês, a internet se tornou uma grande aliada das bandas independentes ?
R: Sim, a internet se bem usada tem uma imensa utilidade para abrir espaço às bandas novas. Mas não trata-se de uma ciência simples. Dá trabalho e deve ser visto como um trabalho profissional.


- E bom, quais são os planos da banda, nesse exato momento ?
R: Trabalhar na divulgação do primeiro clipe, e lotar nossa agenda. Temos várias boas músicas, e nos sentimos muito nos sentimos muito bem mostrando-as para as pessoas.

E foi isso, galera! Quem tiver curtido o som da Radio 7 e quiser saber mais, os meninos estão no Facebook, Twitter e no Soundcloud, onde vocês podem ouvir e baixar outras músicas da banda. Enfim.

Bom carnaval procês, se beber não dirija, e se for dirigir, não beba. Por conta do preço da gasolina também e bá. Juízo, heim ? E só pra mostrar como sou boa, vou deixar vocês com mais um pouco do som dos moleques.


Até mais, minha gente.

Sarah Azevedo.

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