quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Todas as músicas que a gente ouve, vão ficar bregas...

E os jovens não vão entender ♫ Vai dizer que é mentira ?
Bu!
Interrompo a sua programação de quinta feira tediosa, para que você fique menos entediado. Ou não. Mas, a intenção é boa, garanto.

Semana de grande movimentação no céu. Dave Brubeck e Niemeyer (para os íntimos Nini) deixaram nosso mundo, e foram dessa pra melhor. Que estejam descansando em paz. Afinal, já fizeram muito pela huminadade.

E como ambos, estão ligados a artes, resolvi que hoje iria falar de uma das minhas bandas de nome esquisito, mas que são boas. A primeira banda no blog novo, depois do Desurindo. Óia, que merda chique! 

De qualquer forma. Mais uma vez, o meu amado só que não Rio de Janeiro me surpreendeu positivamente. Quanto mais eu ouço as bandas cariocas do underground, mais me entristece esse cenário decadente que nós temos. Nós só teríamos a ganhar. Mas, já que nem tudo é como a gente quer, eu faço a minha parte.

A banda de hoje, é formada por Antonio Cheskis na batera,  Gabriel Franco nos vocais e na guitarra e Igor Duarte no baixo se chama Amsteradio. Sim, é isso mesmo que vocês leram. Começaram a seguir a minha pessoa no Twitter, e eu de boa fui ouvir. Nos primeiros acordes, percebi de cara as influências que os caras tinham da banda Selvagens a Procura de Lei, que como sabem, é uma das minhas favoritas. Saca só um tiquinho: 


 Bom, não demorou muito para que o som da Amsterádio começasse a se tornar rotineiro no meu celular. Então, como eu sou uma boa pessoa, estou aqui dividindo um papo que eu e o vocalista da banda, Gabriel, batemos durante uma tarde ensolarada e de um calor do cacete, desse Rio 40 graus.


- O nome da banda me lembra um pouco Amsterdã. Afinal, como surgiu o nome da banda ?
R:O nome da banda vem de um grupo que a gente tem no Facebook chamado Amsteradio em que compartilhava-se principalmente música,era um grupo dos amigos . Aí numa lista de 50 nomes a gente acabou escolhendo esse porque fazia sentido na hora e foi ficando hahaha.


- Como cada integrante descobriu o que queria tocar ?
R:Eu, Gabriel, escolhi violão/guitarra desde o início porque na Quarta Série todos os meus amigos resolveram aprender e eu entrei na onda também! O Antonio (Baterista) diz que na oitava série ele queria aprender algum instrumento e pra trollar os pais e fazer barulho escolheu Bateria.O Igor tocava guitarra numa banda que não tinha baixista e foi comprar um baixo por curiosidade e pra alguém da banda tocar, mas aí ele tomou gosto e acabou virando mesmo baixista.


- O que é mais fácil de fazer ? Letra ou melodia ?
R: Pra mim creio que melodia, mas depende. Geralmente as melodias surgem bem fácil e rápido, enquanto letras levam as vezes só 20 minutos ou até 3 meses pra terminar uma.


- Ocorre uma centralização nas composições, ou todos compõem juntos ? Donde surge a inspiração pra tocar ?
R: Normalmente eu componho a ideia da música em casa e depois levo pro ensaio e terminamos os arranjos juntos, aí cada um dá sua opinião e acrescenta alguma coisa. A inspiração vem de muitas formas, não sei muito bem como responder hehe!!


- Quais as maiores influências da banda ?
R: A gente ouve muita coisa, mesmo. Mas nem tudo dá pra botar no som, pra falar alguns nomes esse ano ouvimos muito Weezer(o Pinkerton provavelmente foi o disco que eu mais escutei em 2012), Libertines , Rita Lee, Raul Seixas e o primeiro disco do Los Hermanos.


- Vocês costumam ouvir o que tá ocorrendo no cenário underground ?
R: Sim, bastante. Tem muita coisa legal por aí tipo O Terno, Los Bife aqui do Rio, Lulina, Pullovers (que acabou recentemente) e a Clarice Falcão, são os meus preferidos. Fora as bandas do nosso meio também, de amigos, tipo Os Novos Canalhas. Tem muita coisa boa, é só procurar.


- Acham que esse cenário, enfrenta uma crise atualmente, ou ele tá em ascensão ? Acham que as pessoas precisam aprender a ouvir mais o que é novo ?

R: Creio que tá em ascensão, a internet ajuda muito a divulgar os artistas e achar público ficou mais fácil. Você pode ter nunca feito um show na vida , mas gravado em casa algumas coisas e arrumar gente por aí que escuta suas músicas. Porém no Rio ainda não tem uma cultura de ir a shows de bandas novas, um pouco por falta de interesse das pessoas e um pouco por falta de bandas que realmente toquem algo que faça o público ir frequentemente aos shows. O Fato de não haver uma “Cena” em que as bandas toquem algo mais ou menos parecido , a falta de espaço pra tocar e a dificuldade com a qual o espaço é conseguido também desfavorecem o cenário. Mas a Internet tá aí e ajuda muita gente a achar coisas novas, acho que muito mais do que indo nos eventos.

- O que as pessoas podem esperar de um show da Amsteradio ?
R:Três moleques cantando várias besteiras. O Antonio costuma dizer que é tipo um ensaio aberto, porque geral é bem próximo e tal.


- Acham que a internet ajuda para a divulgação das bandas do underground ? Ou que ela acaba fazendo com que as bandas percam espaço no rádio ?
R: A internet ajuda bastante sim, como eu falei ali em cima a gente descobre mais coisas na internet do que indo ver ao vivo. Além do que existem rádios na internet! A galera mais jovem agora tem escutado muito pouco rádio convencional, não creio que perca espaço é só o meio de descobrir música que mudou.


- Tem algum lugar que vocês querem tocar ? Algo que quando chegarem lá, vão poder dizer que são os reis da cocada preta ?
R:Talvez o Circo Voador, mas eu queria mesmo era tocar um dia no Lollapalooza!!


- E parceria ? Existe essa vontade de fazer um som com outras bandas ? Quais ?
R:Vontade existe, a gente curtiria fazer um som com as bandas dos nossos amigos, que tão bem próximos. Mas pra citar uns nomes mais conhecidos eu acharia maneiro levar um som com o Vivendo do Ócio ou O Terno.


- Qual o futuro da Amsteradio ? Próximos projetos, próximos shows e tal ?
R: A gente tem feito várias músicas novas e pretende lançar um Álbum que reúna algumas das antigas com essas que tão surgindo. Devemos gravar em Janeiro do ano que vem. Fora isso a gente deve lançar um single ou então umas gravações ao vivo de shows em que a galera possa ouvir as coisas novas, a gente só não quer ficar muito tempo sem lançar algo. Por enquanto tem alguns projetos de shows aqui pelo Rio, na praça São Salvador, no Saloon e no Teatro do Jóquei que já tão pra sair as datas.


Enfim. Por hoje é só, crianças. Espero que tenham curtido. E um obrigada enorme aos meninos! 

E pra quem quiser curtir mais um tiquinho da Amsterádio, e dessa galerinha do barulho baixou o locutor da sessão da Tarde, é só chegar aqui ó. Eles estão pelo SoundCloud, Twitter, Tumblr e etc. Melhor que isso, só dois disso!

E após essa, despeço-me. Lembrando, que se tiver alguma banda por aí, que cês queiram ver por aqui, é só mandar e-mail, mensagem, DM, inbox ou sinal de fumaça.

Sem mais delongas,

Sarah Azevedo.




2 comentários:

  1. Amsteradio é uma das melhores bandas do cenário independente! Tá precisando é de clipes agora

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